A CPI que apura o superfaturamento de mais de R$ 1 milhão na reforma da obra da Câmara Municipal de Cuiabá durante a gestão do vereador Deucimar Silva (PP) será encerrada e o relatório será feito sem o depoimento de duas testemunhas citadas por outros depoentes e que poderiam ser peças-chave para entender o esquema.

Das duas ausências, a mais significativa talvez seja a do representante da Alos Contrutora LTDA., empresa que realizou a obra na sede do Legislativo. O dono da empresa foi não foi encontrado em um primeiro momento. Depois fez contato com a comissão, prometeu ir e marcou um horário, mas simplesmente não compareceu.

O outro depoimento que fará falta será o da servidora Sinara Marcondes, que alegou estar passando por uma gravidez de risco a qual a impossibilitava de depor. A servidora se dispôs a, no máximo, prestar esclarecimentos por escrito.

O que faz de Marcondes parte importante para o processo é que o então servidor da Prefeitura de Cuiabá, que realizou a minuta do edital, Validus Augusto, afirmou em seu depoimento que foi ela quem passou os valores superfaturados da reforma.

Nenhum dos depoimentos esclareceu de onde vieram as tabelas co sobrepreço. O secretário de habitação, João Emanuel, o vereador Deucimar Silva (PP), os servidores da Câmara e nem mesmo o engenheiro que assinou a obra sabem dizer de onde vieram os valores.

Apenas Validus nomeou um remetente concreto dos valores, que é a servidora. Caberia a ela dizer quem lhe passou os preços, mas a CPI não aceitou o pedido dela de depor mesmo que por escrito.

Para o vereador Edivá Alves (PSD), presidente da CPI, a ausência dos depoimentos não atrapalhará o andamento do inquérito. O relatório, de acordo com o parlamentar, deverá ser finalizado e entregue por volta do dia 20 deste mês.