O deputado federal Wellington Fagundes (PR) deve ser convocado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para prestar esclarecimentos acerca das declarações do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), em que afirmou ter sido pressionado no Dnit pelo parlamentar em favor da
Delta, para que fosse menos exigente com a Delta no episódio do asfalto da BR-163.
A afirmativa é do senador Jayme Campos (DEM-MT), membro do conselho de Ética do Senado e da CPMI.
“Depois dessa matéria [Revista
Época], acredito que um dos 30 membros da CPMI vá convocar tanto Pagot quanto Wellington para depor”, afirmou o senador em entrevista agora pela manhã na sede dos Democratas em Cuiabá.
O constituinte nega, no entanto, ser o autor da convocação dos conterrâneos mato-grossenses. Ele disse que pelo que conhece de Wellington, ele próprio deverá tomar a iniciativa e ir à CPMI se explicar. Sobre Pagot, Jayme acredita que prestar esclarecimentos ao Congresso pode fazer bem à imagem do ex-diretor do Dnit.
Toda polêmica em torno de Pagot e Wellington veio à tona depois do ex-diretor-geral Dnit conceder uma entrevista polêmica à revista
Época desta semana, na qual afirma que caiu do Dnit devido a negociatas do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu.
Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Dnit em favor da Delta. O parlamentar queria que o departamento fosse menos exigente com a Delta no episódio do asfalto da BR-163. À
Época, Fagundes disse não ter feito lobby pela Delta. "Fiz pressão pela celeridade da obra. Fiz pressão pela população de Mato Grosso".
Cachoeira foi preso em fevereiro através da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou o envolvimento do bicheiro com jogos ilegais. Ele foi transferido na quarta-feira (18.4) do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró (RN) para o presídio da Papuda, em Brasília.
Atualizada às 13h24
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