Pré-candidato a prefeito de Cuiabá, o secretário de Estado Francisco Vuolo (PR) procurou nesta terça-feira (24) neutralizar a turbulência causada em sua agremiação nas últimas semanas, movimentadas pela queda de Eder Moraes da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa) e pela desfiliação de Luiz Antônio Pagot.
“Ele tem muito serviço prestado ao partido. É uma perda que a gente sente, mas respeita. Talvez ele esteja com outros objetivos políticos”, analisou um diplomático Vuolo ao ser questionado sobre a saída de Pagot, tentando ao máximo não fazer juízo de valor sobre a decisão do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – um dos mais fortes nomes do PR até a última segunda-feira.
Pagot deixou o PR na tarde da segunda-feira alegando não poder mais permanecer na mesma agremiação dos deputados federais Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla e réu no processo do escândalo do Mensalão do PT, e Wellington Fagundes, representante mato-grossense na Câmara Federal que teria pressionado Pagot, quando este era diretor do Dnit, para pegar leve com a construtora Delta nas exigências da obra de duplicação da rodovia federal BR-163 (no trecho da Serra de São Vicente).
Mesmo assim, Vuolo – que é titular da Secretaria Extraordinária de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit) e se desincompatibiliza em junho para ser candidato a prefeito de Cuiabá – frisou que não há crise no PR, tal como o fez ontem o colega deputado estadual Mauro Savi.
“Não há crise porque o que aconteceu são decisões particulares. A saída do Eder da Secopa foi uma decisão de governo e a desfiliação do Pagot, uma decisão pessoal”, argumentou Vuolo.
Atualizada às 13h