Ex-republicano e aliado de primeira hora do ex-governador Blairo Maggi, atualmente senador da República, o ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti considera a desfiliação de Luiz Antonio Pagot do PR como "um ato corajoso" que precisa de reflexão. e que merece respeito.

"Foi uma decisão de coragem. Não é fácil você deixar um grupo e ficar sozinho. Eu, por exemplo, deixei o PR quando fui indicado para a presidência da Agecopa [autarquia já extinta após muita confusão no partido], mas me filiei ao PDT. Resta saber se ele [Pagot] vai ficar sem partido", indagou Adilton.

A preocupação de Sachetti é pertinente. Ao deixar o PR, Pagot não só demonstrou seu grau elevado de insatisfação com o presidente da sigla, deputado federal Wellington Fagundes, mas mandou um recado ao senador Blairo Maggi, de quem foi secretário de Infraestrutura, da Casa Civil e de Educação.

Ao Olhar Direto, Pagot fez questão de ressaltar que agora segue "sozinho e obstinado". Nos bastidores, sempre reclamou que foi abandonado à própria sorte e colocado como um membro do grupo de Valdemar da Costa Neto (PR-SP) pelo Palácio do Planalto.

Além disso, para alguns mais próximos o ex-diretor geral do Dnit avalia que o senador Blairo Maggi, seu padrinho político, não fez uma defesa sequer na tribuna do Senado contra os duros ataques da oposição, especialmente do senador Mário Couto (PSDB-PA).

Em verdade, o próprio Sachetti já integrou o núcleo duro de decisões de Blairo Maggi, mas preferiu o isolamento político a integrar a redoma palaciana armada a partir de meados do segundo mandato do atual senador republicano.


Atualizada às 16h10