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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Advogado vê excesso em operação Vespeiro e tenta soltura de três acusados

O advogado Raphael Arantes, que defende cinco pessoas investigadas no esquema desmantelado pela operação “Vespeiro”, apontou que houve excesso por parte da Justiça ao expedir os 38 mandados de prisão que começaram a ser cumpridos na manhã desta quinta-feira (03).


Além de anunciar medidas para assegurar a liberdade de dois clientes ainda não presos (os supostos beneficiários do esquema, Silvan Curvo e Edilza Maria de Freitas Curvo), Arantes declarou que a operação, midiática, corre o risco de terminar como outras do passado: com a maioria de seus presos absolvidos pela Justiça após terem mandados de prisão expedidos injustamente.

“Respeito muito o trabalho da polícia e do juiz José de Arimatéia, conhecido por seus pareceres técnicos, mas acho que houve um pequeno equívoco ao decretar prisões para tantas pessoas, prisão ‘por atacado’.

“Me parece que foi feito algo para atender à sociedade enquanto a decisão deveria ser mais minuciosa, com motivação e fundamentação para cada investigado. Me parece que houve preocupação excessiva em atender ao clamor da sociedade”, argumentou o advogado, estranhando o fato de que muitos dos apontados pela polícia como beneficiários do rombo na Conta Única do Estado são pessoas simples que jamais poderiam ter feito usufruto de tamanha quantia roubada (R$ 12,9 milhões, segundo os cálculos da Auditoria-Geral do Estado).

Arantes defende também os supostos beneficiários Kelly da Silva Trindade, Jonyelsen Rufino Menezes de Oliveira e Manoel Joaquim da Conceição – todos presos hoje de manhã.

Para o advogado, todos os seus cinco clientes preenchem os requisitos para que a Justiça conceda o direito de responder em liberdade, providência que ele deve buscar em breve. Primeiramente, entretanto, o advogado conta estar ainda “às duras penas” tentando cópia dos autos para saber se fundamentar no caso.

Medidas

Além de Arantes, o advogado Petan Pizza anunciou na tarde desta quinta-feira (03) o ajuizamento de ações por Habeas Corpus e Salvo Conduto para seus clientes, o ex-servidor terceirizado da Secretaria de Fazenda (Sefaz) Glaucyo Fabian Oliveira Nascimento Ota (preso), a mãe dele (suposta beneficiária; foragida) Girlayne Oliveira Nascimento Ota, Helder da Silva Luzardo (beneficiário e foragido), Luca da Silva Luzardo (beneficiário e foragido) e Jamerson de Araújo Kestring (amigo de Glaucyo e único preso dos clientes de Pizza até agora).

O advogado Roger Fernandes, que defende a servidora afastada Magda Mara Curvo Diniz, coordenadora do controle da Conta Única do Estado, anunciou que também deve ajuizar um salvo conduto para sua cliente responder às indagações da polícia em liberdade, sem coação. Ela é considerada principal peça do esquema de fraude à Conta Única e não foi localizada para o cumprimento do mandado de prisão.

Tanto Pizza quanto Fernandes afirmam que, antes mesmo da operação Vespeiro, procuraram a polícia na tentativa de marcar data e local para seus clientes prestarem todas as informações pertinentes. Eles estranham o fato de que, mesmo com suas tentativas, a Justiça tenha decretado prisão temporária para seus clientes. Pizza inclusive informou que no mês passado tentou pedido de salvo conduto ao mesmo juiz Arimatéia em prol de seus clientes, o que foi negado no último dia 28.
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