Desconhecido de grande parte do eleitorado cuiabano, o sindicalista Adolfo Grassi (PPL) aposta na “força da palavra” e na consciência dos eleitores para ganhar a eleição para a Prefeitura de Cuiabá. O postulante argumenta que optou por uma campanha mais enxuta, em uma chapa pura, para manter sua coerência e critica o vereador Lúdio Cabral (PT) por fazer aliança com o PMDB do governador Silval Barbosa.

Para Grassi, Lúdio fez aliança pensando em se eleger, mas, caso ganhe, ficará com um município ingovernável, por conta das divergências políticas da base de sustentação de sua candidatura.

“Ele quer ganhar a eleição ou quer fazer um governo para o povo? Ele vai ganhar a eleição, mas não vai governar. Fica ingovernável, ele vai ter que fazer um governo para as alianças”, critica o sindicalista.

Grassi afirma que chegou a ser sondado para compor a base de Cabral, mas que achou contraditório o vereador petista aceitar o apoio do governador, por conta da política de passar a gestão dos hospitais públicos para as Organizações Sociais.

“Fomos convidados pelo PT, pelo PMDB, mas a gente verificou que tinha discordância. Por exemplo, a gente defende uma saúde gratuita de qualidade, como é que nos vamos defender isso se o PMDB privatizou a saúde?”, questionou.

“Nada contra o PMDB, nos entendemos que há bons candidatos lá, mas nós entendemos que as propostas deles não coincidem com a nossa. Nós viemos para quebrar esses paradigmas sem se contradizer. O Lúdio me convidou desde o inicio, ai depois ele junta com o PMDB, quero ver que saúde ele vai fazer se o PMDB privatizou a saúde e ele defende a saúde igual a gente”, completa.

Lúdio e a saúde

O vereador Lúdio Cabral já havia afirmado ao Olhar Direto que a chegada do PMDB na sua aliança não muda o seu plano de governo e nem as suas propostas para a saúde. De acordo com o petista, sua postura continua sendo de oposição às OSS.




Atualizada às 07h17 de 11/07