A coleta seletiva de resíduos sólidos em Cuiabá terá proposta para ser desenvolvida pela gestão municipal com recursos próprios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma carta consulta com a finalidade foi assinada na quarta-feira pelo prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), cuja previsão de investimento é de R$ 12,288 milhões, onde cerca de 50% (R$ 6,144 milhões) serão captados via banco.
Com o “Projeto de Fomento à Implantação da Coleta Seletiva em Cidades Brasileiras e Médio e Grande Porte”, a estimativa da administração municipal é beneficiar cerca de 300 catadores, principalmente aqueles em situação de risco social. Há 115 deles cooperados, segundo informe da assessoria da prefeitura.
Secopa propõe universalizar coleta seletiva em Cuiabá e VG até final de 2017
A política ambiental vai permitir a ampliação da coleta dos resíduos e incremento de renda dos catadores, cuja remuneração terá acréscimo de 125%, um pouco mais do que o salário mínimo (R$ 700,00), comparado com os atuais R$ 311,00 por mês.
Integram o projeto ainda a Fundação Banco do Brasil, o Instituto Pangea as cooperativas de catadores de Cuiabá (Coopermar, Coorepam e Ascarvac).
O diretor da Fundação Banco do Brasil, Éder Melo, assinala o impacto que o projeto vai provocar. “Além do impacto ambiental, com a possibilidade de se separar o lixo do resíduo reciclável, o que protege também o Pantanal, patrimônio da humanidade, haverá o impacto econômico, já que trará geração de renda para as famílias dos catadores”, consta de informação da assessoria do Palácio Alencastro. O prefeito Chico Galindo citou que o projeto foi sugerido pela primeira-dama, Norma Sueli Galindo.
Presidente da Coopermar, Vanderlei Cavenagui, calcula a mudança de postura a ser feita pelo cidadão cuiabano com a política pública, na medida em que permitirá a conscientização da população sobre materiais recicláveis do lixo. Ele informa que o projeto será desenvolvido nos bairros Ribeirão do Lipa, Barreiro Branco, Pedra 90 e São João Del Rey.
Quando em execução, o projeto de coleta seletiva ampliará o processamento de materiais de 1.100 toneladas mensal para 3.780, ou 245% a mais.