O prefeito eleito de Cuiabá Mauto Mendes (PSB) e o deputado federal Pedro Henry (PP) não chegaram a discutir, mas protagonizaram nesta semana um diálogo que expôs claramente diferentes opiniões sobre a forma de a bancada federal ajudar a nova administração municipal que se inicia em primeiro de janeiro.

A conversa ocorreu na quarta-feira (14.11), durante reunião-almoço entre Mauro Mendes, o prefeito Chico Galindo (PTB) e parte da bancada federal.

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Henry defendeu a necessidade de adaptação dos parlamentares e dos executivos municipais e estaduais ao estilo da presidente Dilma Roussef (PT) de governar, que coloca em segundo plano a apresentação das emendas parlamentares para obtrer o apoio dos congressistas em matérias de interesse o governo no Congresso.

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"É perda de tempo concentrar esforços com emendas individuais e de bancada já que o governo não prioriza estes investimentos. Temos que nos adaptar a este estilo de governo concentrador e apostar na apresentação de projetos para obtenção de recursos federais", pontuou o parlamentar.

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A manifestação do deputado foi contestada pelo prefeito eleito. Segundo Mauro Mendes, todas as formas de investimentos devem ser buscadas à exaustão.

"Eu entro em todas as divididas. Por isso acredito que não devemos deixar de lado as emendas, que é uma forma legítima de buscarmos estes investimentos. Eu aposto em quatro anos de bom relacionamento com a bancada e o governo federal", projetou.

Em seguida, Pedro Henry disse que gostaria de ficar à disposição do prefeito para "ouvir melhor as intenções da nova administração e os métodos do novo governo" para saber como ajudar da melhor forma.

Novamente Henry foi rebatido por Mauro Mendes. "Eu reconheço que os parlamentares conhecem caminhos nos corredores (do Congresso Nacional e da Esplanada dos Ministérios) que eu vou levar muito tempo para conhecer. Então eu é que preciso ouvir o que os deputados e senadores têm para dizer", afirmou o socialista.

A reunião também teve a participação dos senadores Cidinho Santos (PR), Pedro Taques (PDT) e dos deputados Wellington Fagundes (PR), Valtenir Pereira (PSB), Nilson Leitão (PSDB) e Júlio Campos (DEM).