O governador Blairo Maggi, durante entrevista ao programa
Chamada Geral, da
Rádio Mega 95 FM, na manhã desta terça-feira, 9, afirmou que teve uma longa conversa com o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, e disse a ele que os projetos pessoais de cada um devem ser repensados. “Eu disse a ele que, no momento em que Cuiabá vive, nós, da classe política, eu, ele e todo mundo, deveríamos abrir mão, ou pelo menos deixar em segundo plano, os nossos projetos pessoais. Se isso significa ele não ser candidato a governador, pode ser que sim. Se o grande acordo passa por aí, acho que deveríamos pensar por aí”, afirmou o governador.
A justificativa é que existe um projeto maior em jogo, que é a Copa do Mundo de 2014, e que os esforços devem ser reunidos em prol das mudanças que a capital e o Estado deverão implementar para receber o evento. Ainda sobre sacrifícios de projetos pessoais, Maggi continua. “O governador Blairo Maggi pode sair no início de 2010 para que tudo isso seja ajeitado? Também pode, eu não vejo problema nenhum. Não teria problema em abrir mão de parte do meu governo para que tudo isso seja ajustado”, disse o governador, afirmando mais tarde que ainda não existe nenhuma definição sobre uma saída antecipada.
“Então, o que eu quero dizer é o seguinte: nós temos que ter um entendimento mínimo para as coisas funcionarem. Se arma o governo pra cá, e a prefeitura pra lá, cada um em uma trincheira, dando tiro um no outro, talvez o tempo passe e a gente não consiga fazer o que tem que fazer”, alerta Blairo.
O governador lembra que, apesar das alfinetadas entre ele e chefe do Executivo municipal, eles têm uma história longa de amizade. “Eu tenho meus embates políticos com o prefeito, mas nós temos uma relação pessoal antiga. Conheço o Wilson há mais de 20 anos. A gente tem amigos que, mesmo às vezes não concordando com os pensamentos deles, continuam amigos”.
Blairo também diz que o entendimento não passa só pelo prefeito Wilson Santos. “Passa pelo senador Jaime Campos, passa pelo ex- senador Antero, pelo deputado Riva, por todo mundo. A gente tem que sentar e conversar”, diz Maggi.
