A repercussão da primeira pesquisa eleitoral feita em Mato Grosso gerou reações adversas nos possíveis candidatos a governador do Estado no pleito de 2014, quando serão eleitos deputados estadual e federal, senadores, governadores e presidente. A reportagem do Olhar Direto entrevistou três dos quatro mais bem colocados prováveis candidatos ao governo do Estado.

Pesquisa mostra Maggi líder isolado na disputa pelo Paiáguas com Taques em 2º; Riva e Julier são lembrados

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), disse que 8% das intenções de voto a um candidato que exaustivamente vem dizendo que não é candidato, é muito. “Eu tenho dito insistentemente que não sou candidato, e nem 100% das intenções de voto me encorajariam a me candidatar”.

Riva lembrou que o lançamento de uma candidatura depende de vários fatores. “A pessoa precisa estar disposta, é preciso que haja um entendimento com a família, e é fundamental conversar com o partido, coisa que eu não fiz nem pretendo fazer”.

O senador Pedro Taques (PDT) agradeceu a confiança de um quarto do eleitorado. “Acredito que o trabalho que eu venho realizando deve ter motivado os 25% de intenção de voto”. Taques lembrou uma constante nas eleições para governador do Estado, em que o segundo colocado nas intenções de voto sempre ganha a eleição. “O Dante de Oliveira aparecia atrás do Júlio Campos nas pesquisas e ganhou; Blairo Maggi aparecia em segundo, perdendo para Antero Paes de Barros, e ganhou; na última eleição o governador Silval Barbosa aparecia atrás de Wilson Santos, e quem ganhou?”.

O juiz federal Julier Sebastião da Silva se mostrou feliz com o resultado, tendo em vista que não é filiado a nenhum partido e que não ventilou a possibilidade de sair candidato a governador. “Acho que a porcentagem de eleitores que cogitou votar em mim o fizeram em referência aos meus 20 anos de trabalho no serviço público”.

A assessoria de imprensa do senador Blairo Maggi (PR) foi contactada e ficou de retornar, mas até o fechamento desta matéria não entrou em contato.

Precipitação

Os três candidatos ouvidos pela reportagem do Olhar Direto falaram sobre a precipitação da pesquisa,  cuja eleição será realizada daqui a 18 meses (outubro de 2014). Julier disse que este tipo de pesquisa por hora não faz sentido; Taques disse que elas costumam ser precipitadas e Riva caracterizou-a como de pouca importância.