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Quarta-feira, 07 de agosto de 2024

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Lula e Maggi criticam visão do mundo desenvolvido e apontam alternativas para Amazônia

Alta Floresta,MT – Em discurso no lançamento do Mutirão Arco Verde Terra Legal nesta sexta-feira (19.06), em Alta Floresta, todas as autoridades foram unânimes em “mandar recado ao mundo” desenvolvido para dizer que o Brasil sabe sim cuidar da Amazônia Legal. A prova disso dizem, são os projetos de apoio à agricultura familiar na região como a política de regularização fundiária e de documentação para pequenos produtores rurais terem acesso a crédito. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Blairo Maggi fizeram a defesa da tese.


“Não metam o seu nariz em nosso terreno. A Amazônia é nossa. Queremos preservar este terreno porque queremos deixar isto para nossos filhos e netos”, disse ao direcionar sua fala para os países ricos que criticam o Brasil pelas suas políticas que não seguram o desmatamento. “Por isso lançamos o Programa Terra Legal. Assim, o companheiro que tiver mil e quinhentos hectares, 700 hectares, vai se regularizar com título de propriedade. E quando ele entrar no Banco do Brasil (com título), vai poder ter empréstimo”, citou sobre a iniciativa de os governos federal, estadual e municipal colocarem na legalidade 296 mil imóveis de posseiros na Amazônia nos próximos três anos.

Em entrevista coletiva à imprensa, após lançar o Terra Legal, Lula ainda mencionou que a Medida Provisória 458, sobre a regularização fundiária, não é incentivo à grilagem da Amazônia, como criticam Organizações Não-Governamentais (ONGs). “As ONGs não dizem verdade quando falam que a MP incentiva a grilagem”, comentou ao falar sobre o respeito que tem sobre posição das organizações.

O governador Blairo Maggi, que discursara para cerca de 2 mil pessoas, segundo os organizadores, também respondeu às críticas sobre a falta de cuidado do Estado e do governo brasileiro com o ecossistema. “Querem dar palpite, nós vamos avaliar se vale a pena ou não. Mas nós mandamos aqui”, reafirmou Blairo sobre as autoridades do governo federal e de Mato Grosso sobre o território.

O governador do Amazonas, Eduardo Braga, disse que “aqueles que destruíram suas florestas para sobreviver começaram a compreender a liderança do presidente Lula”.

FEIRA SUSTENTÁVEL

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que iniciou a cerimônia simultânea em teleconferência do lançamento do Programa Terra Legal em Alta Floresta (MT), Marabá (PA) e Porto Velho (RO) destacou a Feira de Atividades Sustentáveis como o caminho da produção sustentável na Amazônia, em substituição à derrubada da floresta. Lá, entre produtos constavam açúcar mascavo, café, castanha, melado, guaraná certificados para exportação para países ricos. Uma atividade com geração de renda e fixação de famílias rurais.

A feira foi organizada pelo Sebrae-MT, pela Prefeitura de Alta Floresta e outros 19 municípios da região com produtos incentivados pelos prefeituras e cooperativas do Norte de Mato Grosso e mostrados em estandes em um ginásio ao lado do palco das autoridades. Lula, o governador Blairo Maggi e o diretor presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto visitaram o local. “Eu e o presidente Lula ficamos encantados com a criatividade do povo fazer tantos produtos úteis, sustentáveis e sem destruir a natureza”, comentou Minc depois no discurso.

CARTA DE CRÉDITO

Em mais uma mudança da postura do governo federal para “desburocratizar o acesso à terra” e ofertar financiamentos para pequenos produtores, o presidente Lula assinou, em visita ao ginásio do mutirão de serviços públicos em Alta Floresta, duas cartas de créditos para dois casais da cidade. O primeiro, Pedro Marques Zurano e Sandra Goulart, terão recursos para comprar 24 matrizes de gado de leite. O outro, Laércio e Suely Sacchi, vão poder comprar um trator. Ambos recursos são do governo federal, repassados pelo Banco do Brasil, com juros baixos e prazo longo para pagar dentro do Programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O lançamento do programa em teleconferência reuniu Lula, Maggi, Minc, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, que estavam em Alta Floresta, com a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em Marabá, e o governador de Rondônia, Ivo Cassol e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que falaram de Porto Velho.

Além dos detalhes do programa, a interação tecnológica em telões e aparelhos de TV nos palcos dos três locais, bloqueou o acesso à comunicação de telefonia e internet entre 8 horas e 13h15. A cerimônia durou uma hora e meia.
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