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INCÓGNITA DOMINANTE

Briga pelo Senado por MT está em aberto e deputados federais devem tentar ‘promoção’ contra velhas figurinhas

19 Jul 2013 - 18:04

Da Redação - Jardel P. Arruda e Ronaldo Pacheco

Foto: José Luiz Siqueira / Assessoria DEM-MT

Indefinição no quadro faz Jayme Campos despontar como principal nome ao Senado por Mato Grosso

Indefinição no quadro faz Jayme Campos despontar como principal nome ao Senado por Mato Grosso

As incertezas no cenário de candidaturas ao Governo do Estado se alastram pelos outros níveis das articulações para as eleições de 2014 e afeta em cheio a disputa pela única vaga disponível no Senado Federal, com a qual é intrinsecamente ligada. Por enquanto, Serys Slhessarenko, ainda sem partido desde que deixou o PT em 2012, é única a declarar com convicção que vai disputar uma vaga à senatoria. Enquanto isso, outros possíveis candidatos deixam as especulações saírem da “boca dos outros”. 


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O cientista político Jeverson Missias, com 30 anos de experiência em campanhas eleitorais, avalia que essa é uma estratégia para “sentir o clima” e saber se o projeto político pode ser viabilizado. “Não basta só ter vontade, é preciso de um conjunto de coisas para ser candidato. Apoio das bases e financiamento entre elas”, disse. Entre os adeptos dessa estratégia estariam os deputados federais Wellington Fagundes (PR) e Valtenir Pereira (PSB). Ambos são presidentes das executivas estaduais de seus partidos.

O mais forte

O primeiro, segundo Missias, possui uma base eleitoral consolidada, que cresceu em todo interior e ganhou penetração em Cuiabá e Várzea Grande, os dois maiores colégios eleitorais de Mato Grosso. A decisão de Wellington depende da decisão final do senador Blairo Maggi (PR) sobre ser candidato a governador ou não.

Se o “rei da soja” decida concorrer, o Partido da República precisará abrir espaço para outra sigla emplacar um candidato e assim amarrar uma aliança. Caso contrário, Wellington poderá negociar uma boa aliança para garantir a própria eleição, que já possui boas bases devido ao fato do PR ser uma agremiação consolidada em todas as partes de Mato Grosso.

“Como não vejo Maggi candidato, acho que o Wellington deveria dizer logo que vai disputar ao Senado para marcar território. Se ele fizer vai espantar os concorrentes e vai poder levar o PR pra o lado que quiser. Mas se demorar vai acabar recuando”, avaliou Missias.

Ensaiando

Já o deputado Valtenir Pereira (PSB) tem deixado partidários lançar o seu nome ao Senado e se coloca como “soldado” do partido. Nesta semana a assessoria de imprensa do parlamentar disparou a informação de que a Executiva Nacional do partido aprova e exorta o nome dele em uma chapa majoritária e que vários prefeitos e vice-prefeitos tem o incentivado a disputa.

Para Missias, uma candidatura de Valtenir depende muito do cenário nacional. Se o governador Eduardo Campos (PSB) se lançar a presidente será necessária a construção de um palanque em Mato Grosso e o atual deputado federal ganharia relevância nas mesas de negociações.

Caso contrário, outros partidos com maior aporte financeiro ou bases eleitorais mais fortes devem ganhar a preferência dos candidatos ao Governo em uma futura aliança. Contudo, não pode ser desprezada a penetração de Valtenir no eleitorado de Cuiabá, o maior do Estado, cidade pela qual foi vereador e onde o prefeito, Mauro Mendes, é um correligionário.

A oposição

Um terceiro deputado federal que é apontado como possível candidato ao Senado é Nilson Leitão (PSDB), mais um presidente Regional do partido. Oposicionista ferrenho ao atual governo, ele tende a se alinhar ao PDT do senador Pedro Taques, e é o nome de maior destaque dos tucanos para compor uma chapa majoritária.

Contudo, Leitão deve enfrentar concorrência do senador Jayme Campos (DEM), que já se coloca como candidato a reeleição se aproveitando das incertezas momentâneas. “Eu sempre ouvi que o Jayme iria parar, mas ele viu que não tem nada definido e encontrou a oportunidade. E ele é muito forte por si mesmo”, ponderou Missias.

Jayme Campos teria a vantagem de possuir um partido, já que, apesar de estar fragilizado, possui ramificações em todo estado, além do próprio possuir grande inserção tanto no interior, quanto na região metropolitana de Cuiabá.

Para voltar ao topo

O PTB aparece querendo surpreender nas eleições de 2014 e conquistar vagas nas duas maiores instâncias legislativas do país. A sigla filiou o ex-diretor do Dnit Luiz Antônio Pagot e o anunciou a disputa ao Senado, mas agora está perto de cooptar Serys Slhessarenko para essa peleja e deixar o “trator” patrolar as eleições a Câmara dos Deputados.

A ex-senadora já confirmou estar muito perto de fechar com o Partido Trabalhista Brasileiro e que quer disputar o Senado para tirar a limpo se ela se reelegeria ou não em 2010, quando o Partido dos Trabalhadores preferiu o nome de Carlos Abicalil para a disputa. “Mas eu vejo a Serys com dificuldade de se eleger. Ela deixou um legado muito bom e tem bases espalhadas em todo estado, mas ainda assim vejo que ela teria muita dificuldade”, sustentou Missias.

A Surpresa

A surpresa ficaria por conta de uma candidatura do juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara do Fórum Federal J. J. Moreira Rabello, há quase 10 anos assediado por diferentes agremiações políticas, do PT ao PR. O Partido dos Trabalhadores, bem com o PMDB e mais recentemente o PR, tem tentado convencer o magistrado a entrar na vida pública e se testar em uma candidatura a Governo ou a Senado. O momento pelo qual passa o Brasil seria positivo para ele, um homem da Justiça quando o povo pede o fim da corrupção.

“Se fossem duas vagas ao Senado a segunda seria dele com certeza por causa do segundo voto. Mas como é só uma fica um pouco mais complicado. A vantagem dele é o momento. Ele não tem nenhum desgaste e pode usar o discurso anticorrupção. É com certeza um bom nome”, completa Missias.
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