O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Lutero Ponce (PMDB) está depondo na Delegacia de Crimes Fazendários que apura o rombo superior a R$ 7 milhões que teria ocorrido em sua gestão, entre os anos 2007 a 2008. O depoimento de Lutero era para ter ocorrido ontem, mas foi adiado em razão da audiência de seu advogado, Paulo Taques, que estava em São Paulo, tratando de assuntos particulares. O vereador chegou à delegacia por volta das 15h.
Em razão do rombo, a Justiça decretou 11 mandados de prisão, inclusive, contra o próprio vereador, empresários, servidores e ex-servidores. No entanto, Lutero conseguiu revogar o pedido de prisão temporária antes de ser encontrado.
Os crimes contra os envolvidos são de formação de quadrilha; falsidade ideológica; falsidade de documento particular; falsidade de documento público; crime de peculato e fraude em licitação.
As investigações revelaram que as fraudes eram realizadas na falsificação de documentos de empresas para que estas figurassem como participantes dos processos licitatórios. Também no ajuste prévio de que a empresa vencedora do certame, a qual em contrapartida deveria estornar a maior parte dos valores que recebia (90% em média), além de entregar apenas parte das mercadorias relacionadas nas notas fiscais, sendo 10%.