O ex-secretário Eder Moraes e o ex-deputado José Riva (PSD) devem ficar encarcerados, mais uma vez, no mesmo espaço. A assessoria da Polícia Federal – que deu início a 7ª fase da Ararath na manhã de hoje, 1º de abril, informou que o destino de Moraes deve ser o Centro de Custódia de Cuiabá, que fica anexo ao Centro de Ressocialização (antigo Carumbé). Moraes já ficou preso nesta mesma unidade prisional em maio de 2014, por vinte dias (com a deflagração da 5ª fase da Ararath. O Centro de Custódia 'dispobiliza' seis celas e hoje abriga um total de 18 presos, mas possui capacidade para 24.
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Já o ex-parlamentar José Riva encontra-se na unidade prisional desde 21 de fevereiro alvo da operação Imperador, deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado.
Acusado de atuar com ‘laranjas’ para ocultar seu patrimônio, o ex-secretário Eder Moraes foi preso nesta manhã, 1º de abril, no condomínio de luxo instalado às margens da MT-010, durante a 7ª fase da Operação Ararath.
Além de terrenos, há suspeitas de que ele também estivesse tentando evitar o sequestro de bens empregando para essa finalidade ‘laranjas’. A ordem de prisão foi expedida pela 5ª Vara da Justiça Federal.
No total, tramitam na Justiça Federal seis processos oriundos da operação Ararath, todos na 5ª Vara da Justiça Federal, e apuram um esquema que servia para o abastecimento de campanhas eleitorais e compra de apoio político. A estimativa apontada pelo MPF é a de que cerca de R$ 500 milhões tenham sido movimentados no ‘esquema’ ao longo de oito anos. Até agora, R$ 93 mi em bens foram apreendidos pela Justiça.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) confirmou que como não existe nenhuma condenação contra Moraes, ele deverá permanecer no Centro de Custódia de Cuiabá. Ele só deverá ser enviado a unidade após ser submetido a exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML).
Entenda o que é Ararath
O esquema investigado pela Ararah envolve a atuação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses de um determinado grupo político do Estado. A ação ganhou repercussão nacional e pela complexidade do esquema e número de envolvidos, novas fases da ação são aguardadas. Coube às Delegacias de Combate ao Crime Organizado e a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos. A primeira fase da operação foi desencadeada em novembro de 2013. Moraes é apontado como 'articulador' do esquema pelo empresário Júnior Mendonça, que denunciou o 'sistema' ao Ministério Público do Estado (MPE) e Polícia Federal.
Em maio de 2015, Eder e Riva foram presos na 5ª fase da Operação Ararath. José Riva foi apontado na investigação como sendo um dos beneficiários do esquema de lavagem de dinheiro. Ele permaneceu preso por três dias detido no Complexo Penitenciária da Papuda, em Brasília. Eder ficou lá por outros 42 dias. Com a extinção da unidade prisional ele retornou a Mato Grosso e ficou mais 20 dias encarcerado no Centro de Custódia da Capital (CCC).
