O ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, um dos investigados em esquema de corrução e lavagem de dinheiro que, supostamente, teria como mentor o ex-governador do Estado, Silval Barbosa, prestou depoimento na manhã de hoje, 17, à Delegacia Fazendária. O advogado dele, Victor Borges, declarou que ainda não teve acesso aos autos e que ele reservou-se ao direito de permanecer calado. Aos jornalistas, Sílvio nada declarou. Por ordem expedida pela 7ª Vara Criminal, ele foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.
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Sílvio chegou à unidade policial por volta das 9h, mas detalhes sobre a participação dele na investigação que envolve a venda de benefícios fiscais do Estado, ainda não foram divulgados. Ele permaneceu por duas horas na unidade policial.
O esquema veio à tona por meio de auditoria e delação feita e pelo empresário delator José Batista Rosa. Em depoimento, ele afirmou à Polícia que foi extorquido e pagou a quantia de R$2.6 milhões para ser inserido no Prodeic.
O ex-chefe de gabinete, em agosto deste ano, ficou preso por oito dias a pedido do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nessa investigação, ele figura como partícipe de um esquema supostamente liderado pela então primeira-dama, Roseli Barbosa.
A apuração do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que R$ 8 milhões foram desviados durante a gestão de Roseli, frente à Secretaria de Estado de Assistência Social (Setas) por meio de serviços contratados por valores superfaturados.
Por causa das acusações, a Justiça decretou a prisão preventiva de Silval e prendeu os ex-secretários de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf e de Fazenda, Marcel de Cursi. A operação que apura o esquema foi batizada como Sodoma e foi desencadeada na última terça-feira, 15.