O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que quem faz ataques a sua gestão em Mato Grosso faz, na verdade, uma defesa da administração anterior, do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), atualmente preso sob acusação de crimes de corrupção. Para o tucano, além da crise econômica nacional, um dos fatores que levaram à crise da máquina pública estadual são os desmandos ocorridos durante o mandato passado.
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“Todos sabem que o fizeram com o Estado, roubaram Mato Grosso e hoje estão presos. Quando atacam o nosso governo, eles defendem o anterior, defendem os que estão presos”, afirmou o governador Pedro Taques, por meio de sua assessoria, nesta terça-feira (05). O comentário seria direcionado aos opositores que fazem críticas à atual administração durante um momento de crise.
Contudo, entre os principais opositores da gestão de Pedro Taques está o deputado Zeca Viana (PDT), que também foi a principal voz de oposição a Silval Barbosa entre 2011 a 2014. Por outro lado, vários parlamentares estaduais que apoiavam o ex-governador preso, agora fazem parte da base governista do tucano, como Baiano Filho (PSDB), que era do PMDB, partido de Silval, e agora está filiado ao PSDB de Taques.
O atual governador ainda reclamou de ser criticado por lembrar constantemente a gestão de Silval Barbosa. Segundo Taques, sua eleição teve como objetivo de “passar o estado a limpo” e o governador anterior teria deixado uma “herança maldita”. A reclamação foi feita em uma postagem em sua página no Facebook.
“Costumo ser criticado por lembrar do que fizeram no passado. Fui eleito com o compromisso de passar nosso Estado a limpo. Quando falo de crise, é a verdade. Quando digo que destruíram nosso Estado não quero assustar, quero trazer luz à situação. O governo passado endividou nosso Estado muito além de sua capacidade e nos deixou essa herança maldita. Mas, eu estou motivado a sair dessa crise. Estamos organizando o caos que encontramos no Estado e reafirmo a necessidade de união para superarmos o momento”, escreveu.
Ele ainda pontua ações de arrocho financeiro levadas a cabo pela administração para fazer frente ao momento de crise. Taques cita a redução com o custeio da máquina, que em agosto ficou em R$ 210 milhões, enquanto a conta do mês de setembro ficará em R$ 138 milhões, ou seja, R$ 72 milhões a menos.
“Nosso governo é capaz de apresentar soluções para o futuro e tem força para enfrentar o presente. Estamos fazendo um grande ajuste fiscal desde o primeiro dia de governo. Encontramos apenas R$ 84 mil na Conta Única do Estado e o demonstrativo de que o ano terminaria com déficit nas contas públicas de mais de R$ 1 bilhão. Trabalhamos muito em 2015 e seguimos o nosso ajuste no ano de 2016. O mês de setembro, até o momento, foi o mais difícil, mas fizemos o enfrentamento com seriedade”, concluiu Taques, através de sua assessoria.
