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Domingo, 16 de junho de 2024

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Ameaças

Empresário preso por fraude no Detran exigiu compra de Mercedes blindada por medo de ser morto

Foto: Reprodução

Empresário preso por fraude no Detran exigiu compra de Mercedes blindada por medo de ser morto
O empresário Valter José Kobori, sócio da empresa JK Desenvolvimento Humano e Treinamento Gerencial e preso na ‘Operação Bônus’, afirmou ter recebido ameaças de morte após cessar o pagamento de propinas com a Santos Treinamentos, empresa que também fazia parte do esquema. Por conta do fato, exigiu a compra de uma Mercedes blindada, já que temia ser morto pelos integrantes do grupo que a representava.


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Em um dos interrogatórios, consta que “após cessar os pagamentos das propinas com a Santos, Kobori alegava que estava sendo ameaçado por Roque Anildo Reinheimer, tendo Kobori pedido para a empresa comprar uma Mercedes (E 250) blindada, alegação confirmada por José Henrique Ferreira Gonçalves, que afirmou que Valter Kobori lhe relatava sofrer ameaças do grupo que representava a empresa Santos Treinamentos”, diz trecho da decisão.
 
Kobori exigiu a compra do carro, pois tinha “medo de sua integridade física”. A afirmação feita em depoimento está respaldada na nota fiscal da compra do veículo mencionado, que foi juntada no inquérito.
 
Roque Anildo Reinheimer, segundo as investigações, integra o núcleo de operações da organização criminosa e têm a incumbência de fazer acontecer as tramas ilícitas por ela engendradas. Ele é apontado como uma das peças centrais da trama ilícita operada no Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT).
 
O investigado, que também foi preso nesta quarta-feira (09), teria participado da construção do esquema desde o seu início, “contribuindo para a atuação dissimulada de vários dos investigados, dando suporte para a ocultação deles e para apagar os rastros dos supostos crimes perpetrados”.

R$ 6 milhões

Preso na segunda fase da ‘Operação Bereré’, denominada ‘Bônus’, o empresário Valter José Kobori, sócio da empresa JK Desenvolvimento Humano e Treinamento Gerencial teria recebido mais de R$ 6 milhões do esquema criminoso que estava instalado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O suspeito foi citado na delação do ex-presidente da autarquia, Teodoro Lopes, o Dóia.
 
Operação Bônus
 
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques e o deputado estadual, Mauro Savi (DEM), foram presos em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', deflagrada na manhã desta quarta-feira (09). Além deles, outras quatro pessoas também tiveram mandados de prisão.
 
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
 
A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos. 
 
Bereré
 
A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), é outro investigado.
 
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.
 
Confira abaixo os alvos da ‘Operação Bônus’:
 
Mauro Savi (deputado estadual)
Paulo César Zamar Taques (ex-chefe da Casa Civil)
Roque Anildo Reinheimer
Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo”
Valter José Kobori (empresário)
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