Ainda contrariado com o recente anúncio do recuo de Otaviano Pivetta (PDT) ao Senado, o deputado estadual Max Russi (PSB) – que coordenaria a campanha do pedetista – disse que só irá substituir o vice-governador na eleição suplementar se todo o arco de aliança que já estava formado der anuência à sua candidatura. Além disso, o parlamentar impôs que a primeira suplência de sua eventual chapa seja concedida a Teté Bezerra (MDB).

Leia mais:
Pivetta comunica desistência de candidatura a aliados e Max Russi pode assumir projeto do grupo

“Só vou se tiver o apoio do grupo que estava com Pivetta e com a Teté na primeira suplência, não ou ser candidato de mim mesmo. Nós conversamos com o Bezerra, agora ele vai ouvir o MDB, o Allan também, da mesma forma, agora conversei com o Barranco para saber da possibilidade de reposicionar a candidatura dele, mas ele disse que continuará firme. Enfim, tudo ainda é muito recente, vamos esperar desenrolar as coisas”, disse Max Russi.

Pivetta comunicou sua desistência a alguns aliados já na terça-feira (01) e oficializou seu recuo hoje pela manhã. Oficialmente, o Paiaguás sustenta que um “pedido de Mauro Mendes” teria pesado na decisão, porém, fontes garantem que o real motivo seria um acordo visando as eleições de 2022.

Neste caso, o governador Mauro Mendes abriria mão de sua reeleição e o vice assumiria o projeto do grupo. A construção deste acordo envolveria a família Campos e o apoio do pedetista à candidatura de Nilson Leitão (PSDB) para a suplementar de novembro. Mendes, por sua vez, honraria o compromisso de apoiar Carlos Fávaro (PSD) ao Senado.

O recuo do pedetista serviria, ainda, para apaziguar a crise que se instalou no DEM por conta do disputado apoio de Mendes na campanha ao Senado. No último final de semana, quando o governador liberou os Campos para seguir com Leitão, a desistência de Pivetta já era dada como certa.

Conforme apurou a reportagem, somente o governador e seu staff deverão pedir votos para Fávaro. Na manhã desta quarta-feira, Mendes esteve com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, que também lhe informou que irá apoiar Leitão.

Segundo Max Russi, caso sua candidatura se confirme Pivetta irá manter o apoio ao grupo, mas também se unirá a Leitão caso o projeto não vingue. “O Pivetta me disse que se eu sair candidato ele me apóia, me garantiu e inclusive pediu que eu segure esse grupo. Ele também precisa falar com o Sachetti, não conversei com o Sachetti, o Pivetta que vai conversar com ele”, pontou.