O prefeito de Barra do Bugres (a 165 km de Cuiabá), que não conseguiu e reeleger ao cargo, Raimundo Nonato (DEM), demitiu na última quarta-feira (18) 365 funcionários públicos da administração municipal. Segundo ele o motivo do corte é o ajuste de contratos para a próxima gestão.
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Raimundo Nonato foi entrevistado pelo Broadcast Político da Agência Estado e deu seus motivos. A lista de demitidos inclui médicos, enfermeiros, assistentes sociais e fisioterapeutas.
"Aconteceu que tem prazo pra sair todo mundo. Quando tinha 90 dias entre a eleição e o próximo mandato era uma coisa, agora tem só 45 dias e todo mundo tem que sair junto com o prefeito. Esse é o motivo [...] Não pode deixar para o próximo mês, senão não dá tempo. A tramitação é muito burocrática", afirmou.
Segundo o atual prefeito, os serviços municipais que sofreram cortes funcionarão pelo período de meio expediente até, pelo menos, janeiro de 2021, quando o próximo prefeito, Divino Henrique (PDT), toma posse.
"Quando eu assumi era só meio expediente, depois ficou o dia todo e agora voltou a ser meio expediente", disse Nonato.
A situação no município deve ficar complicada, já que Barra do Bugres não tem hospital municipal e conta apenas com uma unidade de pronto atendimento e um centro de especialidades. Com os cortes não haverá médicos cardiologistas, ortopedistas ou psiquiatras. Os pacientes mais graves são transferidos para Cuiabá e os partos realizados em Nova Olímpia, 40 km de distância.
No último domingo (15) Nonato recebeu 40,88% dos votos válidos, enquanto Divino Henrique recebeu 43,32%, sendo o candidato eleito para os próximos quatro anos.
Com informações do UOL.