O juiz Geraldo Fidelis, da 1ª Zona Eleitoral de Cuiabá, explicou que automóveis de diversos órgãos públicos estão sendo utilizados pela Justiça no pleito deste domingo (29). O esclarecimento confronta denúncia de Abílio Junior (Podemos) sobre suposto uso da máquina para desequilibrar o pleito na capital. O magistrado alertou ainda que o nível da campanha de 2020 foi baixa.

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Antes de votar, Abílio disse que percebeu “diversas viaturas da prefeitura e da Câmara Municipal circulando com diversas pessoas”. O candidato salientou ainda que “o uso da máquina pública para tentar influenciar o processo eleitoral está muito grande”.
 
Ao ser questionado sobre possíveis registros de infrações, Fidelis explicou à imprensa que nada havia sido comunicado. “Quando chegar, vai ser encaminhado ao juízo competente, para encaminha ao Ministério Público”. O magistrado, porém, salientou que outros órgãos foram convocados para auxílio. “Não só do município, do Ministério Público, do Estado, da UFMT. São vários”.
 
Além dos fatos desencadeados neste domingo, Fidelis avaliou sobre a disputa eleitoral traçada por meio de peças publicitárias na televisão e em rádios. “Eu sou juiz da propaganda, o nível foi muito baixo. Eu ia dormir três, quatro horas da manhã todos os dias. Muito trabalho, cinco a oito liminares por dias, foram os que retornavam para eu fazer a sentença”.
 
Acostumado com os trabalhos da Justiça Eleitoral, Fidelis avalia que o jogo sujo faz parte do pleito. Cabe justamente ao Judiciário aplicar a lei. “Cada qual usa as armas que possui”.