Olhar Direto

Domingo, 29 de setembro de 2024

Notícias | Política MT

senado

Licença acaba gerando uma situação inusitada

Desde o dia 27 de agosto passado, a política mato-grossense vive uma situação inusitada: ao invés de três, o Estado tem apenas dois senadores.

Foto: Reprodução

Licença acaba  gerando uma situação inusitada
Desde o dia 27 de agosto passado, a política mato-grossense vive uma situação inusitada: ao invés de três, o Estado tem apenas dois senadores - Serys Slhessarenko (PT) e Gilberto Goellner (DEM). Tudo isso em razão do pedido de licença do senador Jaime Campos (DEM), por 130 dias, fato considerado controverso e, para alguns, atá antiregimental. A assessoria de Campos sustenta que está tudo dentro da lei e do regimento, mas há juristas que pensam o contrário.


No dia 20 de agosto, Jaime Campos pediu licença no Senado para tratar de assuntos particulares. Pelo procedimento natural quem deveria assumir seria o primeiro suplente, Luiz Antonio Pagot (PR), diretor geral do Departamento Nacional de Infra estrutura e Transportes (Dnit).

Na quarta-feira, Pagot foi comunicado oficialmente pelo presidente do Senado, José Sarney (DEM-AP), da licença Jaime Campos e, concomitantemente, foi convocado para assumir a vaga. Ele teria até até 30 dias.
 
Pagot resiste à idéia de assumir o Senado por ter que demitir-se da direção do Dnit e sabe que não teria, hoje, plena certeza de que retornaria ao cargo ao final da licença de Jaime. Detalhe: Campos pode reassumir o cargo a qualquer momento, pois seu pedido de licença é para tratar de assuntos particulares. 

A cobiça pela direção do Dnit, em um ano pré-eleitoral, é grande, principalmente por parte de lideranças do PMDB, sequiosas por ocupar cargos estratégicos e sem nenhum pudor em pressionar o Palácio do Planalto.

Antes da viagem à África do Sul, onde foi verificar como aquele país africano está se preparando para sediar a Copa do Mundo de Futebol, ano que vem, o governador Blairo Maggi disse que iria passar por Brasília para conversar com a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, para definir a situação de seu afilhado político e ex-braço direito no Grupo Amaggi. Acabou seguindo direto para a África, aumentando a expectativa sobre o destino de Pagot.

A licença de Jaime Campos deixou Luiz Antonio Pagot numa encruzilhada política: se não assumir a vaga em 30 dias, automaticamente deixa de ser suplente. Em seu lugar assumiria então o segundo suplente, o ex-vice-governador e atual secretário de Governo da Prefeitura de Cuiabá, Osvaldo Sobrinho (PTB).

Jaime Campos é apontado como pré-candidato pelo DEM à sucessão do governador Blairo Maggi e as pesquisas apontam que ele tem boas chances de vitória. Vencendo a eleição, deixaria aberta uma vaga de quatro anos no Senado. Se Pagot não assumir agora, também não poderia fazê-lo na abertura da vaga numa eventual vitória de Jaime Campos.

O petebista Osvaldo Sobrinho já se disse pronto a assumir, visto que o cargo, ainda que por cerca de quatro meses, lhe daria mais visibilidade política em Mato Grosso. Sobrinho já colocou seu nome como um dos pré-candidatos a uma das duas vagas do Senado em disputa no ano que vem e assumir agora daria fôlego para qualquer projeto político futuro, num cenário pré-sucessório marcado pelas incertezas em todos os níveis.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet