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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Possas nega crimes, afirma que PF não levou documentos e lembra que foi declarado inocente em operações anteriores

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Possas nega crimes, afirma que PF não levou documentos e lembra que foi declarado inocente em operações anteriores
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (30), com objetivo de apurar supostas fraudes na Pasta. Ele negou os crimes, afirmou que os agentes não levaram documentos e lembrou que foi declarado inocente em operações anteriores.


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Em nota, Possas afirma que, embora não tenha tido acesso aos documentos oficiais da referida operação, jamais cometeu qualquer crime, tampouco ao  longo de seus mais de 42 anos de conduta jurista e/ou gestor público.
 
Além disto, acrescenta que está mais uma vez à disposição das autoridades competentes, da imprensa e da população para sanar quaisquer dúvidas que por ventura vierem.
 
Ainda conforme o ex-secretário, a busca e apreensão desta manhã, foi conduzida de forma respeitosa e exemplar pelos entes da Polícia Federal e nada foi encontrado e ou levado de sua residência.
 
“Ainda que, em todas as acusações imputadas em Operações anteriores, foi declarado inocente”, finaliza a nota.
 
A operação
 
Os processos investigados referem-se à aquisição de materiais de consumo hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPIs) para suprir as necessidades da rede municipal de saúde na prevenção e combate ao contágio pelo Coronavírus (COVID-19).
 
A investigação possui como objeto seis processos de compra, todos adjudicados à mesma empresa, os quais foram analisados pelos órgãos de controle – CGU e DENASUS –, além da apreciação realizada pela equipe policial.
 
Foram constatadas diversas irregularidades, como inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica, elevação arbitrária de preços.
 
Além de indevido fracionamento das compras a fim de possibilitar que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.
 
Foi constatado, ainda, que uma empresa “fantasma” emitiu orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento, e recebeu vultosa quantia diretamente da principal empresa investigada (R$1.071.388,00). Igualmente, verificou-se que a empresa realizou pagamentos mensais a um servidor público da área da saúde do Município de Cuiabá/MT, sem nenhum motivo idôneo aparente.
 
Também foi possível constatar expressiva movimentação financeira entre o ex-Secretário de Saúde de Cuiabá/MT e a única funcionária de uma empresa de que ele anteriormente era sócio.
 
Os dados financeiros demonstram que, embora a funcionária aparente não possuir condições econômicas para transacionar vultosas quantias, eram comuns depósitos em espécie em sua conta bancária. 
 
Após o recebimento, era rotineiro o pagamento de títulos em nome de terceiros vinculados ao ex-Secretário.
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