A chuva e novos problemas de infiltração detectados na trincheira da Jurumirim, localizada na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, fizeram com que o prazo para a conclusão dos reparos da obra de arte fosse dilatado para fevereiro do ano que vem. A parte debaixo, que tinha previsão de ser liberada na segunda-feira (27), deverá ser entregue no próximo mês, a depender também do volume de precipitação.

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“A obra tinha por finalização março. Porém, acabou sendo começada em julho. Tivemos um volume de chuvas diferente em Cuiabá e, com isto, dificilmente você faz obra de recapeamento. Com isto, aconteceu que detectamos novos pontos de infiltração na cortina de concreto da trincheira. Estamos trabalhando. Nesta primeira semana [de janeiro], se a chuva ajudar, vamos concluir a segunda parte de capa asfáltica, sinalizar, terminar a iluminação e entregar a parte debaixo”, explicou o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra), Marcelo Padeiro.
 
Depois que for finalizada a parte debaixo, a empresa seguirá para a parte de cima, onde serão arrumadas as juntas de dilatação e feitos outros reparos, além do recapeamento com microrevestimento. A expectativa do secretário é que, na segunda quinzena de fevereiro, os trabalhos sejam concluídos. Tudo a depender da chuva.
 
“Na parte de cima, o trabalho é muito mais fácil para se fazer. Embaixo, nós mexemos na drenagem. Para que se tenha uma ideia da complexidade: como a drenagem está lá embaixo e a gente não tinha visão, ao abrimos, descobrimos que tínhamos tubos de concreto entupidos e outros problemas. Houve algum tipo de atraso, mas dentro do cronograma, que está adiantado”, pontua o secretário.
 
Por fim, Padeiro faz questão de destacar que todos os pagamentos foram cumpridos em dia pela gestão do governador Mauro Mendes (DEM) e que os aditivos contratuais foram feitos por conta dos novos problemas encontrados, que não estavam no bojo de quando houve a licitação.

Recuperação

A execução da drenagem de forma eficiente é o principal serviço realizado pelo Estado para corrigir os problemas apresentados na trincheira decorrentes da má-execução da obra quando de sua construção, na época da Copa do Mundo de 2014. A execução do serviço foi necessária, uma vez que foram identificadas falhas e patologias na trincheira mesmo após a obra ter sido liberada para o tráfego de veículos, ainda em 2014.

Para a execução  da drenagem foi realizada a escavação de cerca de 1,5 metro para a retirada do solo e implantação de um colchão drenante, para impedir que o lençol freático permanecesse próximo da camada de asfalto, ao longo do 1,32 quilômetro de extensão da trincheira, entre os bairros Jardim Leblon e Bosque da Saúde, na Avenida Miguel Sutil.

Além da drenagem, foi feita a correção das infiltrações e de problemas com as juntas de dilatação nas cortinas (paredes) da trincheira. O projeto de restauração e recuperação da trincheira contempla ainda reciclagem da camada de revestimento, que foi usada nas fases de execução das camadas de subleito e reforço de subleito do novo pavimento para melhorar a capacidade estrutural.

Com isso o novo pavimento terá mais resistência e rigidez, o que vai assegurar maior qualidade e evitar possíveis defeitos, como afundamento, buracos e rachaduras, que são recorrentes em vias onde há grande circulação de veículos, como é o caso da Avenida Miguel Sutil.