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Mauro afirma que policiais penais serão responsabilizados caso sistema carcerário vire “barril de pólvora”

28 Dez 2021 - 15:01

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mauro afirma que policiais penais serão responsabilizados caso sistema carcerário vire “barril de pólvora”
No 13º dia de greve dos policiais penais em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (DEM) não escondeu o temor que o movimento paredista acabe por transformas as cadeias e penitenciárias em verdadeiro “barril de pólvora”. É que neste período, com o serviço reduzido dos agentes, banhos de sol e visitação nas unidades foram suspensas, gerando revolta e ameaças por parte dos reeducandos. Apesar disso, o democrata afirmou que os servidores serão responsabilizados caso algo de pior aconteça.


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“Eles vão ser responsabilizados por isso. Tem decisões judiciais. Claro que eu temo (que o sistema penitenciário vire um barril de pólvora), mas já pensou se a polícia militar também parar, vira um caos?! Assim como se a civil parar ou os médicos, e aí?! Todo mundo que parar o governo dá aumento, acha que é certo isso?”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (28).

Os policiais penais pedem equiparação salarial com as outras polícias, o que, na média, dobraria a folha salarial da categoria. Mauro afirmou que o Palácio Paiaguás não irá ceder a pressão da categoria e não irá apresentar proposta para que o movimento seja suspenso.

Sobre a reclamação de que não recebeu pessoalmente os líderes dos policiais penais, o governador ressalta que não consegue atender todos que lhe procuram e cita reunião em que o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, e do da Segurança Pública, Alexandre Bustamante, apresentou uma proposta, que acabou recusada pelo Sindpsen, sindicato que lidera o movimento. Os sindicalistas afirmam que na ocasião, o Palácio Paiaguás chegou a oferecer reajuste de 15%.

“O que foi dito a eles na reunião foi discutido comigo. Eu não consigo falar com todo mundo, é impossível para um governador. Daí, foi para a reunião o secretário-chefe da Casa Civil e com o da Segurança Pública. Lá, o que foi dito a eles estava devidamente combinado comigo. Tinha minha autorização. Foi dito na reunião com toda a clareza: tem uma proposta hoje, se entrar em greve a proposta está zerada. Eles tomaram o caminho número dois. Então, hoje não tem mais proposta do governo”, declarou.

“O governo não tem nenhuma proposta nova. Não é porque fez greve que o governo vai aumentar salário. Assim seria fácil. Eles já ganham praticamente igual ao policial militar, o ganho do policial penal está quase igual, na maioria das faixas (só na primeira quando entra que não). Então, se eu der aumento e eles ganharem mais do que o policial militar, a Polícia Militar vai fazer greve, daí eu dou aumento, o policial civil vai fazer greve também, e assim sucessivamente. Ai é o cidadão que irá pagar essa conta, então eu administro com bom senso. Não tem nada que nós possamos fazer”, completou.

Os policiais penais já sofreram duras derrotas no Judiciário estadual, que além de declarar greve ilegal, autorizou a suspensão dos salários dos grevistas assim como que as polícias Civil e Militar poderão prender os servidores em caso de descumprimento da ordem. O desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça (TJMT), ainda estabeleceu multa de R$ 200 mil por dia ao sindicato e de R$ 50 mil aos dirigentes da entidade por cada dia de descumprimento da ordem de retorno ao trabalho. Para que a ordem seja cumprida, determinou o bloqueio das contas do Sindspen e dos diretores.

“O governo não tem nada a acrescentar além do que já disse. Nós lamentamos, eles não estão cumprindo as inúmeras decisões judiciais, entrando em uma situação delicada para o sindicato, já que penaliza algumas pessoas. Eu lamento e não tenho nada a acrescentar, além do que o governo disse no início, quando houve um diálogo com o sindicato”, pontuou Mauro, ao admitir que o Estado já realiza estudo sobre a possibilidade de privatizar o sistema carcerário de Mato Grosso.
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