O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta terça-feira (10) que Neri Geller (PP) foi traído por Mauro Mendes, quando este se encontrou com o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, e ofereceu palanque à Wellington Fagundes (PL) na formação de chapa à reeleição.
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O presidente do MDB, Carlos Bezerra, também criticou o encontro e afirmou que o encontro vai criar uma “dificuldade” para o governador. A maior parte dos partidos que apoiam Mauro Mendes entraram em consenso quanto à candidatura de Neri Geller ao Senado. Mas grupos ligados a Jayme Campos (DEM) e Janaina Riva (MDB) entendem que a melhor solução seria apoiar Wellington Fagundes, forte candidato à reeleição.
“Eu quero até me solidarizar com o Neri Geller, que está sendo alvo de uma covardia por parte do governador que está estimulando a candidatura dele, ele abriu mão de todo o projeto político dele que seria reeleito a deputado federal tranquilamente, acreditou de um projeto ao lado do governador, o governador fomentou esse projeto e o governador de forma discreta e sorrateira parece que fecha um acordo com o Wellington Fagundes”, afirmou Emanuel Pinheiro durante encontro político no Hotel Hits Pantanal.
Carlos Bezerra, presidente do MDB, também esteve no encontro. O tom do emedebista sobre o encontro foi contundente. Para ele, a decisão do governador de se aproximar de Wellington Fagundes complica totalmente a formação de uma chapa governista para disputar as eleições em 2022.
“[Essa reunião] complica para o governador Mauro Mendes, se ele tomou uma decisão ele tomou sem discutir com os partidos que acompanham a base, sem ouvir o MDB, o PP, o PSD, o PSB e até o PDT que faz parte desse grupo, vai criar uma dificuldade para ele porque a candidatura do Neri ele tem dito que ela é inarredável”, afirmou Bezerra.
Para Emanuel a articulação de uma chapa com Fagundes é péssima porque diminui as chances de se criar uma frente de embate ao atual governador. Ao mesmo tempo, piora as condições de filiação do seu filho, Emanuelzinho (PTB), ao PL. Para Bezerra o apoio a Neri seria natural, dentro de uma conjuntura política que vem sendo desenhada desde o ano passado.
