Após cobrança do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), a CPI da Previdência foi mais uma comissão a apresentar relatório final nesta semana. A investigação apontou má gestão, controle precário, descumprimento legal e desvio de finalidade como fatores que levaram ao déficit previdenciário em Mato Grosso. Os parlamentares ainda apontaram que ao menos R$ 3 bilhões foram desviados.

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O relator, deputado Thiago Silva (MDB), afirmou que nesses últimos anos houve ingerência de governos, além de falta de controle que desvirtuou o trabalho que deveria ter sido feito. “Foi usado recurso do fundo para áreas da saúde e assistência social, mas não era para isso o recurso e sim para garantir a aposentadoria do servidor público. Houve também coisas mais obscuras, como pagamento de despesas médicas sem comprovante nenhum”. 

O presidente da CPI, João Batista (PP) destacou a investigação iniciou antes da Reforma da Previdência, o que exigiu que os membros atuassem com mais cautela. “Hoje temos materiais e tempo suficiente para apresentarmos esse relatório e as propostas para melhorar a administração do fundo”.

Ainda de acordo com Batista, a reforma diminuiu o déficit, mas o resultado foi alcançado penalizando ainda mais o servidor. “O déficit tem sido tirado principalmente do lombo do servidor. Por isso que a gente está propondo alterações na lei, existe a possibilidade de usar áreas que são do estado para fazer recurso e também fazer utilização de outros fundos que existem no Estado”.