Cabeça do movimento Avança Mato Grosso, grupo que reúne algumas das principais lideranças políticas do Estado, o deputado federal Neri Geller (PP) voltou a dizer que sua candidatura ao Senado não está atrelada a eventuais alianças com o governador Mauro Mendes (UNIÃO) nem com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O parlamentar sustenta que independente dos apoios, seguirá defendendo a reeleição de Mauro Mendes por uma questão de coerência, mas que não vê como “obrigação” dividir palanque com o chefe do Executivo.

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“A minha candidatura se dará pela força do meu trabalho e pelo grupo que a carrega, com toda humildade. Eu atuei tanto na esfera federal como na estadual, sempre ajudei os dois governos mesmo em pautas que me desgastariam politicamente. É isso que me dá condições de disputar eleição. Agora, como isso vai se dar na majoritária, vamos ver lá na frente. Meu foco é minha pré-candidatura e em consolidar mais esse grupo. A tendencia é caminhar com o governador Mauro Mendes, mas não é necessariamente uma obrigação. Meu objetivo é ganhar com o apoio da população, não de político”, disse o deputado.

O principal adversário de Neri, até o momento, é o senador Wellington Fagundes (PL), que busca reeleição. A preocupação do grupo do progressista é quanto a presença do presidente Jair Bolsonaro e do governador Mauro Mendes (União) no palanque de Fagundes.

Neri, por sua vez, lidera o chamado movimento Avança Mato Grosso, composto pelo Partido Progressista, do próprio Neri e do ex-governador Blairo Maggi, do PSD do senador Carlos Fávaro, do MDB de Carlos Bezerra, e que mantém conversas com o PSB de Max Russi.

Como o governador Mauro Mendes ainda não decidiu quem irá apoiar ao Senado, havia a conversa, nos bastidores, de que o deputado federal Neri Geller poderia estar no grupo da federação PT, PV e PCdoB e ser o candidato do grupo ao Senado. A hipótese, no entanto, foi descartada pelo progressista.

“O Blairo, eu, o Fávaro, todos temos a tendencia de apoiar o Mauro se ele for candidato. Estivemos com o Mauro desde o primeiro dia, então isso é natural. Eu sempre falei bem do Governo, como é que vou agora dizer que ele não presta?! Não posso sair dessa coerência”, pontuou.