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Michelly critica pedido de cassação de Paccola e Edna rebate: ‘todas as nossas atitudes aqui são políticas’

05 Jul 2022 - 15:11

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Airton Marques

Foto: Reprodução

Michelly critica pedido de cassação de Paccola e Edna rebate: ‘todas as nossas atitudes aqui são políticas’
As vereadoras Michelly Alencar (UNIÃO) e Edna Sampaio (PT) apresentaram posicionamentos divergentes durante seus discursos na Câmara de Cuiabá na manhã desta terça-feira (5). Michelly criticou quem estava “usando a dor” das famílias de Paccola e Alexandre Miyagawa para “se manifestar em causa própria e ideológica” e afirmou que a Câmara não podia agir de forma antecipada em relação ao caso, criticando o pedido de cassação apresentado pela petista. Já Edna argumentou que todas as atitudes tomadas ali são políticas, e lembrou de quando, mesmo sem uma decisão judicial, eles votaram pela abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).


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O agente socioeducativo Alexandre Miyagawa morreu na última sexta-feira (1) com três tiros disparados pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos). Há duas versões: Paccola diz que ele estava com a arma em punho ameaçando a própria esposa, enquanto a esposa afirma que não houve nenhuma ameaça e que Paccola já “chegou atirando”. Um vídeo divulgado mostra que o vereador atirou enquanto o agente estava de costas para ele.

Nesta manhã, Michelly foi a primeira a falar. Ela, que é suplente na Comissão de Ética e pode assumir uma cadeira, já que os titulares devem se licenciar, pediu respeito às dores das famílias e defendeu que a Casa de Leis precisa de um tempo para se manifestar. “Na hora certa deveremos nos posicionar com cautela, com coerência, com embasamento. A justiça tem o papel dela, a polícia tem o papel dela, e nós como agentes políticos, como se trata de um parlamentar, temos nosso papel. E cada um tem o seu rito. Aquilo que a justiça demora 5, 10 anos, para dar o resultado, nós não podemos levar um dia para entrar com pedido de cassação de vereador. Sou contra, e esse é meu posicionamento”, afirmou.
 

Edna, que na última segunda-feira (4) entrou com pedido de afastamento e de cassação de Paccola, subiu ao púlpito pouco tempo depois e, se direcionando diretamente a Michelly, argumentou que todas as atitudes são políticas, seja falar ou não, se solidarizar com um lado ou com outro. Também lembrou que quando foi aberta a Comissão Processante, os vereadores não esperaram a resposta da justiça.

“O que aconteceu na sexta-feira não foi simplesmente um assassinato. Foi um ato político e quem acredita que qualquer pessoa cruzando a polícia, oferecendo risco, tem que ser abatida, porque ele próprio falou isso e eu convido vocês todos a olharem as redes sociais do vereador Pacola, que vocês vão entender exatamente a dinâmica que presidiu a percepção dele daquela situação. Foi uma percepção fundada nas crenças dele. Então isso, Michele, é política”, afirmou a vereadora.
 

Michelly pediu a fala novamente, e argumentou que o caso da comissão processante era diferente por se tratar de um crime político. “Eu ouvi, inclusive, ela dizendo que não iria se acovardar, e até a mídia dizendo que alguns vereadores amarelaram, eu quero dizer que todo posicionamento, e o fato de entrar nessa casa e usar essa tribuna não é amarelar, é ter um posicionamento claro, e posicionamentos diferentes são encarados dessa maneira, por alguns como amarelar, por outros como se acovardar. Eu encaro como posicionamentos diferentes”, defendeu.
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