O vereador tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos) negou as acusações do Ministério Público de que esteja fazendo ‘autopromoção’ após ter matado o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41. Segundo ele, a única pessoa que está ‘usando’ a tragédia é a vereadora Edna Sampaio (PT), que entrou com pedidos de afastamento e de cassação do parlamentar.

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“A única pessoa que utilizou essa tragédia, se comportando como um urubu de cadáver, foi a vereadora Edna. O que ela fez é algo repugnante perante uma tragédia que não tem nenhuma ligação com minha atividade política, foi única e exclusivamente pelo meu dever de policial, e pegar aquilo para transformar num ato político, ainda polarizando entre presidenciáveis”, disparou Paccola, em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (14), depois que a votação que decidiria sobre seu afastamento foi adiada.

A votação aconteceria após parecer da Comissão de Ética que indicou que a decisão de levar o caso a plenário deveria ser da Presidência da Casa. No entanto, o vereador sargento Vidal (PROS) argumentou que o caso deveria ser levado antes à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com 15 votos favoráveis, a votação foi adiada. Paccola votou contra.

“Não estou querendo nenhum tipo de proteção ou ajuda, quero que seja feita a justiça, e a justiça se faz analisando todos os lados”, afirmou o republicano. Ele disse, ainda, que foi ‘surpreendido’ com a decisão do judiciário de busca e apreensão de seus telefones, mas que entregou tudo, inclusive as senhas dos aparelhos celulares. A justiça determinou busca e apreensão após pedido do Ministério Público, mas negou pedido de prisão.

“Fiquei bastante consternado com o que os promotores colocaram no pedido, falando que eu fiz autopromoção. Todos os senhores aqui sabem que eu não falei com a imprensa, só fiz uma fala que foi na coletiva depois de falar com os vereadores, e a nota que foi feita no final de semana quando os meios de comunicação publicavam o vídeo da namorada do Alexandre com uma série de inverdades e absurdos, que hoje eu compreendo que foi graças àquele vídeo que as testemunhas decidiram ir na delegacia de maneira voluntária. Eu não tenho interesse algum, não estou falando no assunto, sobre o fato, não falo mais sobre o fato com a imprensa, está nas mãos dos delegados”, completou Paccola.