O presidente do PT em Mato Grosso, deputado estadual Valdir arranco afirmou que se o senador Carlos Fávaro (PSD) optar por não ser candidato ao Governo, mas não apresentar outro nome para enfrentar Mauro Mendes (UNIÃO) em outubro, o apoio da federação ‘Brasil da Esperança’ (PT-PV-PCdoB) à candidatura de Neri Geller (PP) poderá ser revisto. O grupo mantém uma agenda intensa de reuniões e, segundo o progressista, a candidatura ao Paiaguás voltará a ser discutida na tarde desta quinta-feira (21).
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“Política é uma construção permanente. Nós estamos fazendo uma série de reuniões todos os dias, porque queremos colaborar com a eleição do presidente Lula. A inserção do agro é um interesse dele e nós consideramos importante. Mas estamos construindo isso paralelamente, não tem nada acertado nem com relação ao Senado. Porque obviamente nós da federação não queremos a reeleição do Mauro Mendes, porque nós representamos uma fatia da sociedade que foi muito prejudicada por este Governo. Se não for o Fávaro ou outro nome deles, será da federação. E aí, obviamente, a discussão em torno do Senado também voltará praticamente à estaca zero”, disse Valdir Barranco.
Nas últimas semanas, Neri conseguiu fechar composição com a chapa Lula-Alckmin, sacramentando aliança com a federação formada por PT-PV-PCdoB em Mato Grosso. A ideia é utilizar o palanque como uma espécie de “ponte” entre o lulopetismo e o agronegócio no Estado, tido como um dos setores mais bolsonaristas do País.
Durante a reunião em que ficou definido o pacto, Fávaro foi convidado pelo ex-presidente Lula (PT) para ser o candidato da “esquerda” em Mato Grosso. Na semana passada, ele admitiu a possibilidade, mas o rompimento com o governador Mauro Mendes ainda é incerto.
O PSD, que em Mato Grosso é presidido por Carlos Fávaro, além de integrar a base governista possui cadeira no staff de Mendes, com a presença de Maurício Munhoz no comando da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Segundo Neri Geller, se Fávaro não topar o desafio, outros nomes estão na mesa de negociação. “Desde que eu vim para cá nós definimos que consolidaríamos o projeto de candidatura ao Senado e entraríamos no projeto de Lula e Alckmin na nacional. E o projeto de governo nós iríamos sim discutir, como nós discutimos num primeiro momento a questão do Percival, agora está se buscando novas alternativas sim. Mas, não vou adiantar nada aqui, pois conversamos ontem com o Fávaro lá no escritório dele, junto com a federação, hoje estamos aqui com o prefeito. O que está consolidado é projeto nacional e candidatura ao Senado. E a candidatura ao governo tem uma predisposição e 100% da federação ter um candidato e vamos discutir quem pode ser esse candidato”, pontuou.
