Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJ) aguardam as ‘promessas’ feitas pelo novo presidente da instituição, desembargador Mariano Alonso Travassos, sobre a regularização referente a suspensão do pagamento de adicional nos salários. O Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sinjusmat) tenta realizar uma audiência com o desembargador para resolver a problemática que se instalou no órgão. 

Conforme o presidente do Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues dos Santos, a situação está caótica e precisa ser solucionada. “Antes, a justificativa da diretoria era de que não tinha tomado posse. No entanto, isso já ocorreu e aguardamos alguma manifestação sobre o assunto”, declarou. O corte atingiu mais de três mil servidores do TJ, sendo que pelo menos R$ 1,8 milhão foi retirado de toda folha de pagamento. 

Como forma de protesto, o sindicato ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que cortou benefícios de adicional por tempo de serviço retroativo até cinco anos, cumulação de salários de cargos efetivos e comissionados. 

Dessa forma, os servidores aguardam a decisão da Justiça para deflagrar a greve por tempo indeterminado, já aprovada em assembléia-geral extraordinária da categoria. 

A liminar concedida pelo CNJ de suspensão atende a um pedido de desconstituição interposto por Mariano Travassos contra a concessão feita aos funcionários pelo atual ex-presidente do TJ, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, que incorporou o adicional ao subsídio. Travassos alegou que houve ilegalidade na incorporação do adicional.