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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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ATOS ILEGAIS

“Não seria prudente da nossa parte fazer um enfrentamento”, diz Mauro sobre não uso da PM para desobstruir estradas

Foto: Reprodução

“Não seria prudente da nossa parte fazer um enfrentamento”, diz Mauro sobre não uso da PM para desobstruir estradas
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que não seria prudente de sua parte determinar que a Polícia Militar retirasse à força os bolsonaristas que bloquearam diversas rodovias de Mato Grosso, inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e até pedindo intervenção militar contra o resultado das urnas, que deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


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O gestor ainda ressaltou que a decisão do Paiaguás foi aguardar a desmobilização natural dos atos, o que começou a acontecer nesta quinta-feira (03), especialmente após Bolsonaro publicar vídeo em suas redes sociais pedindo que seus apoiadores mais radicais desobstruíssem as rodovias do país. Na tarde desta quinta-feira (03), a BR-163 foi toda desobstruída (manifestantes continuam em alguns pontos).

“Fazer o enfrentamento com as forças policiais seria algo muito arriscado. Em alguns pontos, chegamos a ter 5 mil, 10 mil pessoas. Virou uma festa, entre aspas. Não seria prudente da nossa parte e de nenhum governador fazer um enfrentamento. Estávamos dialogando com essas pessoas”, disse nesta quinta, durante entrevista ao jornalista Dantena, na Rádio Bandeirantes.

Mauro foi duramente criticado pela oposição. Os deputados petistas Lúdio Cabral e Valdir Barranco cobraram uma atitude enérgica e acusaram o chefe do Executivo estadual de não cumprir decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uso da Polícia Militar e outras forças na desmobilização.

O governador, no entanto, citou durante a entrevista a reunião que teve em seu gabinete na noite do feriado de Finados, quando tratou das ações que seriam tomadas caso os bloqueios continuassem no Estado.

Sobre o mote dos atos, Mauro avaliou que a população tem o direito de se magoar com o resultado das eleições, mas que é preciso respeitar a democracia. Além disso, condenou o bloqueio das vias e os problemas que já começaram a ser sentidos em Mato Grosso, como o desabastecimento de combustível e alimentos nos municípios.

“A manifestação é livre, o sentimento de alguns brasileiros é compreensível, mas ninguém pode fazer dessa tristeza uma forma de prejudicar a grande maioria da população. O desabastecimento começou a acontecer em grande parte do país e isso não poderia ser mais tolerado por mais dias. A sorte e azar é que tivemos um feriado, o que fez com que no dia de ontem o número de pessoas presentes nos pontos de bloqueio aumentassem violentamente”, declarou.

“Não poderíamos jamais criar um enfrentamento de desbloqueio, pois colocaria em risco pessoas bem intencionadas, que estão lá de boa fé”, pontuou.
 
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