O governador Mauro Mendes (União) criticou servidores que haviam sido exonerados pelo gabinete de intervenção do Estado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que na manhã desta sexta-feira (06) soltaram fogos na frente da sede da pasta, após a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, atender pedido liminar do município, suspendendo a medida. Conforme apurado pelo Olhar Direto, até garrafa de champanhe foi levada para o local, para celebrar a derrota do Paiaguás.

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Por meio de sua assessoria, o governador lamentou tal atitude. “Enquanto eles estão estourando champanhe e comemorando, a população de Cuiabá está chorando e morrendo por falta de médicos, falta de remédios e pela corrupção com o dinheiro da saúde”.

Os fogos também geraram revolta de moradores e trabalhadores da região onde muitas clínicas e veterinárias funcionam. A Polícia Militar foi acionada e equipe da Rotam passou a fazer guarda do prédio desde então.

Servidores da secretaria foram dispensados, após a rede de internet parar de funcionar. Enquanto isso, o interventor Hugo Fellipe e sua equipe continuam dentro do local. Equipe do Olhar Direto também confirmou que peritos da Politec foram chamados para acompanhar os trabalhos do gabinete de intervenção, que ainda não teria sido notificado oficialmente da decisão da presidente do STJ.

Funcionários do município divulgaram imagens mostrando documentos revirados e computadores levados de salas da SMS, assim como da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).

O secretário municipal da Ordem Pública, coronel Sales, esteve na secretaria, mas foi impedido de entrar. Ele apontou que a atitude é ilegal, já que o Paiaguás já teria sido notificado e adiantou que a Procuradoria Geral do Município vai buscar o relator de caso, o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJMT).