Em meio ao inchaço de pré-candidaturas para prefeito de Cuiabá, o deputado estadual Wilson Santos (PSD), que esteve prefeito da Capital entre 2005 e 2010, considerou que o futuro chefe do Palácio Alencastro precisará adotar um perfil conciliador com os governos do Estado e Federal. Segundo o parlamentar, o eventual gestor não terá vida fácil. “Serão dois, três anos só para arrumar a casa”, disse.

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“Eu acho que temos aí uma boa leva de candidatos. Botelho de todos eles na minha opinião é o que tem mais habilidade na construção de alianças”, afirmou o deputado, cujo partido, o PSD aguarda resposta do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UNIÃO), para concorrer ao cargo no próximo ano.

“Mas não dá para menosprezar nenhum, já vi eleição de tudo quanto é tipo em Cuiabá. E o cuiabano tem um sentimento muito arraigado, ele dá mais valor na eleição municipal do que às eleições estadual e federal. A próxima gestão vai exigir um perfil que seja de arrumação de casa, de alguém que não tenha arestas com o governador nem com a Presidência da República, porque Cuiabá vai precisar de muita ajuda desses governos, o quadro hoje é complicado”, completou Wilson.

Questionado se, neste sentido, um candidato mais inclinado à extrema-direita bolsonarista teria dificuldades para administrar a Capital com Lula (PT) à frente da Presidência da República, Wilson lembrou que foi prefeito pelo PSDB quando o petista era presidente, mas que não teve dificuldades para trabalhar enquanto oposição. Alertou, porém, que as questões partidárias precisarão ser deixadas de lado.

“Eu fui prefeito de Cuiabá com o Lula presidente e fizemos boas parcerias. Tem que entender que, no papel de prefeito, é preciso esquecer um pouco a questão partidária. Os interesses do cidadão estão acima. Não pode ser alguém que espalhe mais ainda”, pontuou.

Até o momento, já se apresentaram como pré-candidatos em Cuiabá os deputados federais Abílio Júnior (PL) e Fábio Garcia (UNIÃO), o estadual Eduardo Botelho, o atual vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV), e o presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL).