O governador Mauro Mendes (UNIÃO) disse que irá lutar bravamente em Brasília para que o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) seja apreciado e mantido pelo Senado na aprovação da Reforma Tributária, após a volta do recesso parlamentar.

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Na visão do governador, o que está sendo falado precisa ser tratado como "ridículo". E para desfazer essa contrainformação, Mendes atuará contra grandes transportadoras, mineradores e associações que espalham sem saber que o fundo aprovado na Câmara seria uma nova cobrança, o que não é verdade. 

Em entrevista recente ao Olhar Direto, Mendes falou que essas grandes empresas que patrocinam jornais de grande circulação nacional estão sendo infantis por citar algo sem conhecimento de causa. "O que foi aprovado na Câmara e agora segue para o Senado é uma contribuição, que em Mato Grosso já existe há 20 anos e é chamado de Fethab. O que mudou é que a Câmara autorizou esse fundo existir por mais 20 anos e não termine em 2032. 

"Notícia que temos é que grandes transportadores, grandes mineradoras, empresas que tem feito uma defesa forte usando o poder que elas têm para produzir argumentos que beiram o ridículo. Um que eu vi num grande jornal é que esse imposto que seria criado, mostrando total desconhecimento, porque em Mato Grosso o Fethab existe há 20 anos, iria fazer com que os produtores mudassem para o Paraguai. Olha a imaturidade, infantilidade e desprovimento de conhecimento completo do que é o imposto e nos quatro estado que o possuem", completou o governador.

Mauro não citou nomes das empresas, mas disse que ficou sabendo que a Vale do Rio Doce é uma das grandes companhias que não entenderam o texto aprovado e jogam contra estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará.

"A Vale [do Rio Doce] pode ser, não posso acusar nominalmente, mas eu tenho notícias do mercado que mineradoras e associações que defendem essas grandes empresas estão atuando para derrubar esse texto no Senado", frisou o governador.

Mauro ainda disse que manter o Fethab ajuda Mato Grosso a bater metas de pavimentação e é essencial para o desenvolvimento do Estado. "O fundo é pago pelos produtores para investir em infraestrutura na zona rural, para construir estradas, pontes e melhorar a logística. Então articulamos para incluir no texto da Câmara a permissão para que essa contribuição possa continuar existindo", explicou o governador. 

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, comentou sobre as metas de Mato Grosso terão continuidade e serão seguradas apenas se o Fundo permanecer no texto da reforma tributária. "Fizemos 2.500km de 2019/2022. Tínhamos 7.500km pavimentados e chegamos a 10 mil pavimentados. Ainda faltam 20.000km de estradas estudais para pavimentar. Precisamos manter o Fethab para poder asfaltar tudo. A meta do governo do estado de Mato Grosso é fazer 2.500km a cada quatro anos", concluiu o secretário.