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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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resposta a salles em CPI

'São meus amigos e meus padrinhos mesmo, é verdade', rebate Fávaro sobre relação com os Maggi

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

'São meus amigos e meus padrinhos mesmo, é verdade', rebate Fávaro sobre relação com os Maggi
Numa sessão marcada pela tensão entre governistas e oposição, durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), garantiu que não se incomoda em ser apontado como “afilhado político” dos Maggi. A declaração veio em resposta ao relator da Comissão, Ricardo Salles (PL-SP), que há dias vem levantando a relação entre os mato-grossenses.


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Fávaro chegou à Comissão visivelmente irritado e, de antemão, pediu aos parlamentares que se atentassem ao tema da CPI, pois ele teria outros compromissos previstos ao longo do dia. Um acordo foi firmado neste sentido, mas não amenizou o clima da sessão.

O ministro e Ricardo Salles já haviam trocado algumas farpas, quando o relator citou a proximidade entre uma aldeia indígena que produz soja em Campo Novo dos Parecis e terras que pertencem a Blairo Maggi, destacando neste momento que o ex-governador de Mato Grosso seria padrinho político de Fávaro. De pronto, o mato-grossense rebateu que não tinha problemas em receber esse tipo de apontamento.

Vale destacar que nesta quarta-feira (16), quando a CPI ouvia o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), João Pedro Stédile, Salles já havia mencionado a relação entre Maggi e Carlos Fávaro.

Em meio ao bate-boca que se formou por conta dos comentários de Salles, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) invocou questão de ordem, citou o regimento da Casa e pediu que o colega parasse de desviar o foco da Comissão.

Na sequência, Salles perguntou a Fávaro como ele enxergava a atuação da Aprosoja, que foi fundada e presidida no passado pelo ministro. Após a resposta de que, na avaliação do mato-grossense, a entidade teria sido desvirtuada por conta de questões ideológicas, o deputado federal tornou a mencionar a relação com Maggi.

Neste momento, Salles cometeu uma gafe e apontou Blairo Maggi como sendo “o maior produtor de soja do mundo”. Fávaro ironizou, disse que na verdade o maior produtor de soja do mundo é Eraí Maggi, “mas os dois são meus amigos e meus padrinhos mesmo, é verdade”, cravou o ministro.

Já exaltado, Ricardo Salles repetiu que Fávaro integrava o governo federal como um representante dos Maggi.
“Do Blairo e de todos os produtores que fazem a coisa certa, que produzem e respeitam o meio ambiente”, retrucou o ministro, acrescentando que estaria ao lado de produtores rurais que atuam legalmente e, na sequência, provocando o relator com a famosa frase dita por Salles quando era ministro do Meio Ambiente.

“Aquele que transgredir, desmatar ilegalmente, passar a boiada, botar fogo e queimar, tem que ser punido nos rigores da lei, pronto e acabou”, pontuou o ministro.

Salles foi ministro de Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em uma reunião ministerial, em 2020, à época da pandemia da Covid-19, usou o termo “passar a boiada”,  em defesa da flexibilização das leis ambientais no Brasil.
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