Apesar da expectativa do governador Mauro Mendes, de que entrariam em um consenso, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, conversaram no final de semana e se mantiveram irredutíveis quanto a pré-candidatura à Prefeitura de Cuiabá, pelo União Brasil.
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Com isso, não restará outra saída a não ser a interferência direta de Mauro, que preside o diretório regional da sigla. Nas últimas semanas, após muitas conversas nos bastidores, o chefe do Executivo estadual disse que não iria se meter na questão e que Botelho e Fábio deveriam buscar um entendimento, em que um cederia para o outro.
Conforme apurou o Olhar Direto, a reunião entre os pré-candidatos ocorreria, inicialmente, na terça-feira (31), mas foi antecipada para o sábado (28). No encontro, o secretário deixou claro sua intenção de manter o projeto de disputar a sucessão no Palácio Alencastro, assim como o deputado estadual.
Em entrevista à imprensa na semana passada, Botelho afirmou que estava aberto ao diálogo, mas não recuaria do seu projeto como prefeito, tendo em vista o apoio popular que vem recebendo pelas ruas de Cuiabá.
A pesquisa divulgada pelo instituto MT Dados na última semana mostrou pela primeira vez Botelho liderando as intenções de voto pelo Palácio Alencastro. O deputado aparece com 32%; já o deputado federal Abílio Júnior (PL), que liderava o levantamento anterior, caiu para 18%, tecnicamente empatado com Lúdio Cabral (PT), 15%.
Em comparação com a pesquisa realizada em julho, Botelho cresceu dez pontos percentuais, já Abílio caiu cinco. A pesquisa estimulada (quando os nomes dos pré-candidatos são apresentados aos entrevistados) ainda aponta o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), com 6% e o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) com 5%.
Com isso, segue a indefinição, já que Mauro tem se esquivado quando perguntado sobre a data em que tal decisão será tomada. Enquanto isso, Botelho garante que até o fim do mês tal conversa deve ser realizada, já que pretende ter liberação para se filiar a outro partido, possivelmente o PSD do ministro Carlos Fávaro (Agricultura). Nos próximos 15 dias, o governador estará em missão na China e Índia.
