O deputado e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Valdir Barranco, defendeu nesta segunda-feira (17) que o nome da Federação Brasil da Esperança - que tem além de PT, o PV e PCdoB - para concorrer à prefeitura de Cuiabá seja definido sem a interferência da cúpula nacional. Segundo Barranco, a decisão final cabe à nacional, mas em caso de entendimento regional a respeito de um nome, seja do PT ou outro partido, não há motivos para intervenção. 

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“A decisão final se dará lá [cúpula nacional]. Mas, logicamente, que se a gente tiver um consenso dentro da federação aqui, é isso que nós vamos buscar após o nome que for consagrado pelo PT, a gente chega ao nacional muito mais fortalecido. Se sair daqui com consenso dos três partidos da federação, nós vamos chegar lá praticamente sem questionamento. Por que eles vão questionar?”, indagou o presidente da sigla. 

Ao que tudo indica, segundo Barranco, a definição em torno de um nome se dará entre o candidato do PT (Rosa Neide ou Lúdio Cabral) e o do PV, que é o vice-prefeito José Roberto Stopa. Em entrevistas, Stopa garantiu que não vai abrir mão de emplacar sua candidatura dentro da Federação. De acordo com Barranco, a estratégia no momento é de união para tentar convencer a Federação de que o nome escolhido aqui em Cuiabá seja apenas referendado pelo comando nacional da Federação. 

“Primeiro acho que a gente tem que definir dentro do PT. No PV eles não têm outro nome, é só o nome do Stopa, então eles não têm essa necessidade de tirar um nome, já tem um nome. No PCdoB também não tem nome, então vamos decidir aqui, sem atropelar, sem sofrer por antecipação, uma dor de cada vez, e aí na federação nós vamos conversar”, completou. 

A Federação Brasil da Esperança foi aprovada em maio de 2022 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesses casos, segundo a legislação eleitoral, os partidos poderão se unir para apoiar qualquer cargo, desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado. Isso significa que, ao menos até 2026, PT, PCdoB e PV devem atuar como uma única bancada.

Em 2022, em casos de mais de uma pré-candidatura a cargo majoritário, coube à Comissão Executiva Nacional realizar procedimento para a escolha da candidatura. A composição das chapas teve de respeitar diálogos e mediações que já ocorriam entre as direções nacionais dos partidos e observou acordos políticos que já haviam sido formulados.

Para o próximo ano, o próprio estatuto já determina sua revisão, assim como a formação de uma nova Assembleia Geral e uma nova Comissão Executiva Nacional.