O presidente do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCan), Laudemi Nogueira, defendeu a estadualização dos contratos de prestação de serviços com a Prefeitura de Cuiabá. Ele argumenta que a medida trará segurança financeira e permitirá a ampliação da capacidade de atendimento da unidade.
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A reunião, realizada na manhã desta quinta-feira (27), contou com a participação de representantes do Ministério Público, secretarias municipais e estaduais de saúde, e do Conselho Municipal de Saúde.
Em entrevista ao
Olhar Direto, Nogueira disse que o contrato de estadualização vai garantir capilaridade financeira à unidade. Ele explica que o município, por ser um órgão estatal menor, não tem a mesma dotação orçamentária que o Estado.
“Na área da oncologia, o hospital precisa de um contrato maior, de um contrato mais amplo. Infelizmente, o município de Cuiabá tem outras situações, então ele não consegue contemplar um contrato na medida da necessidade do paciente oncológico. Então vindo para o Estado, isso é ampliado. O estado pode, junto com o hospital, ampliar esse atendimento. Esse é o objetivo principal. Permitir que o hospital amplie o seu atendimento, em quantidade, em qualidade, em diversidade, exclusivamente dentro da oncologia.
Ele ainda criticou a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à frente do HCan, alegando que o gestor deixou o hospital numa situação financeira delicada. “Isso toda a sociedade sabe. A imprensa já noticiou. E vindo pro estado nós temos assistido que a prática por parte do governo atual é totalmente diferente, mas não temos dúvida de que haverá uma segurança financeira nesse novo contrato”.
O presidente citou que no momento aguarda a tramitação burocrática e disse que está otimista porque há uma vontade política, tanto do município de Cuiabá quanto do Estado, em firmar o acordo.