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Domingo, 30 de junho de 2024

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'LEILÃO DA DISCÓRDIA'

Ex-diretor da Conab demitido por leilão do arroz se diz injustiçado e afirma que fez o que Fávaro mandou

Foto: Wallace Martins/MDA

Ex-diretor da Conab demitido por leilão do arroz se diz injustiçado e afirma que fez o que Fávaro mandou
O ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, demitido por conta do leilão do arroz, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que sua exoneração foi injustiça. À reportagem, disse apenas ter cumprindo ordens do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. 


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“Fizemos o que o ministro [Fávaro] mandou e colocamos no papel. Foi muita fala política e menos fala técnica. O ministro determinou R$ 5,00 o quilo, abaixo do preço de paridade. Isso tirou outros participantes da concorrência. Não tenho participação nenhuma. Só escrevi o que o governo falou através do Ministério da Agricultura. Apesar dos leilões não serem supervisionados pelo ministério, ele [Fávaro] trouxe para o gabinete dele esse assunto”, disse Santos ao Globo. 

A diretoria de Santos era a responsável pelo leilão para importação de arroz que foi anulado no início deste mês em razão de “fragilidades” no edital do certame. A indicação de Thiago para a função teria sido de responsabilidade de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério. Ele foi demitido após uma das empresas vencedoras do certame pertencer a seu ex-assessor, Robson Luiz de Almeida França.

O objetivo da compra, segundo o governo federal, era garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as suspeitas de irregularidades. 

Segundo reportagem de O Globo, os técnicos da Conab defendiam um preço inicial em valores em torno de R$ 5,50 e R$ 5,80. Esses valores, diz a publicação, seguiam parâmetros de preço do mercado atacadista, paridade internacional, logística e custos de embalagem.

Ao Globo, Thiago afirmou que se a operação tivesse sido feita como os técnicos da Conab determinaram, não teria como o certame dar errado. “Foi uma casca de banana que escorreguei e que não fui eu que coloquei. Me sinto totalmente injustiçado, porque não participei de nada até momento do leilão. Quem determinou as regras de como seria não fui eu, e não deixaram o leilão seguir. Interromperam antes do final. Foi um assunto muito politizado. Não vou colocar culpa em ninguém”, contou. 

O presidente Lula (PT) disse recentemente que a anulação do leilão do arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ocorreu por conta de uma “falcatrua numa empresa”. A informação, no entanto, não repercutiu muito bem entre os próprios ministros comandados pelo presidente da República. 
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