O governador Mauro Mendes (União) ressaltou o aumento dos índices de violência no país para criticar a proposta que pretende instalar câmeras de monitoramento nas fardas de policiais militares, civis e federais.
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Durante o lançamento do programa Vigia Mais Motorista, na manhã desta terça-feira (23), no Palácio Paiaguás, Mauro concordou com a fala feita pelo deputado federal Nelson Barbudo (PL) e destacou que “parece que deu uma vaca louca” na população brasileira e que o cenário é preocupante, principalmente pelas proporções dos crimes que vem ocorrendo.
“Deixando paixões de lado, partido A, B, C, presidente, ideologia para lá, ideologia para cá, existe algo de grave acontecendo nesse país. A violência não só no crime organizado, mas as pessoas estão violentas, estão se matando, crimes que acontecem da onde você menos espera que poderia acontecer”, destacou.
Ele ainda ressaltou que existe uma grande sensação de impunidade no Brasil, onde as pessoas não estão respeitando as leis e bandidos estão exibindo suas tornozeleiras eletrônicas. Na avaliação do governador, a discussão sobre monitoramento nas fardas não vai resolver o problema, sendo necessário um debate mais aprofundado para “tocar o dedo na ferida”.
“Uma grande discussão que vem de Brasília sobre colocar ou não câmera nos nossos policiais como se os nossos policiais fossem os causadores dos grandes índices de violência que acontece no país. É claro que algum policial comete algum excesso, mas tem político cometendo excesso, tem médico cometendo erros e excessos, engenheiros cometendo, vamos resolver o problema da segurança colocando a câmera nos nossos policiais? Olha que distorção da realidade. No que isso vai diminuir o número de tráfico de drogas? O número de homicídios praticado bandido contra bandido?”, questionou.
Mauro disse que mandou fazer um levantamento em Sorriso, após a cidade ter sido apontada como uma das mais perigosas do país, que apontou que 90% dos homicídios que aconteceram são “bandido matando bandido” ou confronto entre membros de facções criminosas.
