O próximo presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), defendeu a descentralização do poder concentrado nos cargos mais importantes da Mesa Diretora: presidência e primeira-secretaria.

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Russi afirmou que pretende discutir o assunto com os membros do parlamento e destacou a importância de que todos os 10 integrantes da Mesa Diretora tenham espaço para opinar nas decisões.

“Gostaria muito que toda a Mesa participasse das decisões. Acho que isso é positivo. Como presidente, teria os poderes administrativos, por assim dizer, mas a responsabilidade pode ser dividida, o que torna o processo mais tranquilo. Defendo essa ideia, vou continuar defendendo e quero colocá-la em prática na minha gestão”, disse Russi.

Apesar da intenção de dividir as responsabilidades, Russi reconheceu que as principais tarefas recaem sobre o presidente e o primeiro-secretário, o que exige uma gestão organizada para evitar penalizações futuras.

“É claro que o presidente e o primeiro-secretário têm responsabilidades maiores, e, por isso, precisam ter condições adequadas para exercer essas funções. Quem assina e responde posteriormente ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público é quem deve prestar contas à sociedade. Isso é justo, mas também é justo que os outros membros da Mesa participem das decisões, especialmente nas questões macros do parlamento, onde a participação de todos é importante”, ressaltou.

A ideia não agrada o atual presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União Brasil). Ele argumentou que a medida já foi aplicada anteriormente e não funcionou, pois todas as responsabilidades acabaram recaindo sobre o presidente e o primeiro-secretário. Botelho sugeriu que a única solução seria alterar o Regimento Interno, redistribuindo as responsabilidades previstas para esses cargos entre os demais membros da Mesa Diretora.