O senador Wellington Fagundes (PL) defendeu nesta quinta-feira (15) fechamento de questão dentro do Partido Liberal (PL) pelo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele disse ainda que a sigla tem sido fortemente abalada por acusações e investigações advindas da Corte Suprema. 

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No início deste semana, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma série de reportagens afirmando que Moraes teria utilizado vias informais para solicitar a assessores a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra bolsonaristas investigados em inquérito que tramita no Supremo. Os pedidos teriam ocorrido enquanto o magistrado presidia o órgão. 

“O PL enquanto partido orgânico tem sido muito abalado por acusações e por investigações do Supremo Tribunal Federal. E é legítimo também. O presidente Bolsonaro, que é o nosso grande líder, sempre provocou. E com outras lideranças do PL. O PL é o maior partido do Brasil, então falar em democracia é também falar do fortalecimento dos partidos. Então como o maior partido do Brasil [o PL] tem legitimidade [de solicitar impeachment]. É direito do partido questionar e provocar para que a gente possa ir a fundo dentro das investigações possíveis”, comentou o senador.  

Ao menos 5 dos 8 deputados federais de Mato Grosso já aderiram ao pedido de impeachment contra Moraes. São eles: Abilio Brunini (PL), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL), Coronel Assis (União Brasil) e Juliana kolankiewicz (MDB). Fagundes afirmou que a senadora suplente Rosana Marinelli (PL), que está em exercício no seu lugar por 120 dias, deve aderir ao pedido. 

“Quem não tem culpa no cartório não pode ter medo de investigação. E é um direito na democracia, inclusive, de falar, das pessoas falarem, acusarem”, comentou o congressista.

“Quem é o alvo hoje é o ministro Alexandre. O partido já está buscando assinaturas para fazer inclusive a promoção do impeachment. Isso é uma provocação política que vai ser discutida agora. Nesse momento estou de licença, mas a Rosana Martinelli com certeza ou já assinou ou vai assinar, porque acredito que todos do PL farão o mesmo. Eu acho que isso é possível até o partido fechar a questão, porque o PL foi mais provocado nesse aspecto”, disse.  

Em nota encaminhada à imprensa, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes disse que os relatórios descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, “em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

“Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviados à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República”.