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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Prefeito que tenta reeleição declara patrimônio de R$ 12,2 milhões e acumula R$ 3,3 milhões em multas ambientais

Foto: Polícia Civil/Reprodução

Prefeito que tenta reeleição declara patrimônio de R$ 12,2 milhões e acumula R$ 3,3 milhões em multas ambientais
O prefeito de Feliz Natal, José Antônio Dubiella (MDB), candidato à reeleição, declarou à Justiça eleitoral ser dono de um patrimônio de R$ 12.257.228,32. A lista dos ítens mais caros inclui duas fazendas na cidade vizinha de Nova Ubiratã, avaliadas em R$ 8,3 milhões e R$ 2,5 milhões, respectivamente. Dono de uma madeireira, o gestor declarou também caminhões, uma aeronave, imóveis rurais em Feliz Natal, implementos agrícolas e valores em contas corrente. Dubiella também acumula multas ambientais que somam R$ 3,3 milhões. 


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Ele foi eleito prefeito de Feliz Natal pela primeira vez em 2012, tendo reportado à época um patrimônio de R$ 3.736.213,14. Em 2016 tentou a reeleição, mas sem sucesso. Naquele ano, o patrimônio declarado por Dubiella quadruplicou com relação a 2012, totalizando R$ 14.812.149,09. Em 2020, ele disputa o pleito e consegue retornar ao executivo municipal, com um bens informado no total de R$ 12.355.740,17.

Ao mesmo tempo em que goza de um patrimônio milionário, Dubiella acumula uma extensa ficha de crimes ambientais e, em consequência disso, multa ambientais milionárias. 

Segundo levantamento feito pela Agência Pública, em 2023 o município administrado por ele registrou um desmatamento de 99 km² conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse é o maior valor da última década, diz reportagem da agência.  

De acordo com a reportagem, dentre os 24 candidatos à reeleição, Dubiella lidera no quesito multas recebidas. Foram 6 somentes nos últimos dez anos e nenhuma delas quitadas até hoje. 

“O histórico de Dubiella com crimes ambientais é longo. Sócio-administrador da Madeireira Vinícius, ele foi autuado em 2015, no município de Nova Ubiratã, por danificar mais de 260 hectares de floresta amazônica sem autorização e por ter no depósito madeiras de espécies protegidas, como itaúba, cedro e sucupira. As duas autuações geraram multas de R$ 1,3 milhão”, diz trecho da reportagem. 

Em setembro último, Dubiella foi alvo da Operação Desbaste, deflagrada pela força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra uma organização criminosa investigada por delitos na área ambiental em Mato Grosso. 

À época, o Olhar Direto noticiou que ela  já havia sido alvo de outras duas investigações por infrações à legislação ambiental.  Em 2017, o gestor chegou a ser preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e por envolvimento em crime ambiental. 

Na ocasião, a polícia estava cumprindo um mandado de busca e apreensão em sua madeireira, quando descobriu uma espingarda calibre 22, que não estava registrada e tinha o número de série removido, junto com um carregador desmuniciado. Além disso, os policiais encontraram um animal silvestre e carne de caça armazenados em um freezer.

Em maio deste ano, residências e empresas ligadas ao prefeito também foram alvos de busca e apreensão durante a Operação Ronuro, deflagrada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) para desmantelar associação criminosa que agia na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado. O vice-prefeito Antônio Alves da Costa (PDT) também foi alvo da Justiça. 
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