O clima seco que cobre Cuiabá há alguns dias deixa ainda mais evidente os sinais de destruição do local que abrigava os 600 lojistas do Shopping Popular. Poeira, fuligem, sol e mormaço passaram a compor a rotina de alguns lojistas que ainda permanecem às margens do local no qual aconteceu o trágico incêndio, no último dia 15 de julho.

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Diante da tragédia, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão, conta que foi convocado por lojistas e aceitou ser candidato a vereador. A maioria desses lojistas não possuem outra alternativa de renda e estão há um mês aguardando a ajuda do Poder Público e atendendo de forma improvisada, sob tendas, na avenida Carmindo de Campos. 

“Estou desde 2020 sem atuar na política, por questões pessoais e de saúde. Por essas mesmas razões, minha esposa Adélia havia pedido para eu não me envolver nas eleições de 2024 -- e assim eu fiz. Contudo, após a tragédia no Shopping Popular, nós vimos que é preciso sim estar inserido na política e ter mais acesso ao Poder Público. É por isso que eu voltei atrás e resolvi aceitar o convite para ser candidato”, esclarece Misael.

Antes de pegar fogo e ser totalmente destruído, o Shopping Popular estava em uma área construída de mais de 10 mil m², entre as avenidas Beira Rio, Carmindo de Campos e Prainha. O local possuía cerca de 600 lojas e mais de 2 mil pessoas trabalhando diariamente. Toda a estrutura era organizada pela Associação do Shopping Popular, da qual Misael Galvão é presidente.