A base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá conseguiu aprovar o projeto de lei que transfere R$ 6 milhões para aquisição de medicamentos para compra de mobiliário e equipamentos médicos para as unidades de saúde. A votação aconteceu na sessão ordinária desta terça-feira (27). Foram 13 votos a favor e 10 contra a proposta que foi aprovada em regime de urgência. Veja o placar abaixo.

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A discussão sobre o tema começou na semana passada. Inicialmente, os vereadores votaram o regime de urgência, que agilizará a tramitação da proposta. 

A oposição questionou o pedido de urgência, já que o texto prevê a retirada de R$ 4,5 milhões previstos para atender as unidades de saúde de atenção secundária e terciárias com medicamentos e insumos e R$ 1,5 milhão da atenção básica com medicamentos e insumos para assistência farmacêutica para compra de móveis que não são detalhados no projeto.

O projeto foi votado em duas situações, mas ambos foram cancelados devido a confusão.

Na sessão desta terça, a oposição tentou derrubar novamente a matéria. Maysa Leão (Republicanos) disse que o texto é “obscuro, mal escrito e explicado e sem transparência”. Ela questionou qual era a intenção do prefeito que, tinha garantido na Lei Orçamentária Anual (LOA) cerca de R$ 800 milhões para remanejar na pasta da Saúde, quer agora mais R$ 6 milhões para compra de mobiliários.

Fellipe Corrêa (PL) ressaltou que a Câmara estava sendo conivente com a corrupção na saúde “que mata pessoas e que bota dinheiro na campanha de determinadas pessoas porque não tem justificativas”.

O único que se posicionou “a favor” do texto foi o presidente do parlamento, Chico 2000 (PL), que, ao responder um ofício de Fellipe Corrêa para suspender a tramitação da proposta, disse que o projeto está em tramitação desde julho e que não havia motivos para questioná-lo no plenário. Ele ainda comentou que a proposta só entrou na pauta desta sessão porque nenhum líder partidário participou do Colégio de Líderes, onde é montado a pauta da sessão. Além de destacar que a ideia do prefeito foi aprovada pelas comissões e, por isso, indeferiu a solicitação do seu colega de partido.

Fellipe rebateu dizendo que participou dos encontros, quando apresentou a abertura de processantes contra o prefeito, mas não entrou em pauta por decisão pessoal do presidente.

No entanto, os debates não foram suficientes para mudar a alteração do placar, com isso, garantindo, novamente, vitória do prefeito no legislativo.

PLACAR:

SIM
Chico 2000 (PL)
Aroldo Telles (PRD)
Adevair Cabral (Solidariedade)
Lemes (PSD)
Lilo Pinheiro (PP)
Marcrean Santos (MDB)
Marcus Brito Júnior (PV)
Paulo Henrique (MDB)
Professor Mário Nadaf (PV)
Renivaldo Nascimento (PSDB)
Rogério Varanda (PSDB)
Sargento Vidal (MDB)
Wilson Kero Kero (PMB)
 
NÃO
Cezinha Nascimento (União)
Demilson Nogueira (PP)
Dilemário Alencar (União)
Dr Luiz Fernando (União)
Eduardo Magalhães (Republicanos)
Fellipe Corrêa (PL)
Maysa Leão (Republicanos)
Michelly Alencar (União)
Robinson Cireia (PT)
Sargento Joelson (PSB)
 
AUSENTE
Dídimo Vovô (PSB)