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Sexta-feira, 13 de setembro de 2024

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INCÊNDIOS AMBIENTAIS

'Cara que comete um crime como esse, dificilmente fica na cadeia', diz Mauro ao defender penas mais duras a quem ateia fogo

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

'Cara que comete um crime como esse, dificilmente fica na cadeia', diz Mauro ao defender penas mais duras a quem ateia fogo
O governador Mauro Mendes (União) defendeu, durante entrevista à Rádio Bandeirantes, a aplicação de penas mais severas para crimes ambientais, como o de atear fogo em pastagens e áreas de preservação. Com a seca extrema que atinge o estado, 17 pessoas já foram presas acusadas de causar incêndios ambientais. No entanto, Mauro expressou preocupação com a impunidade e a falta de rigor na punição desses criminosos.


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"O Código Penal brasileiro não retrata a realidade do país e precisa ser modernizado. Defendo leis mais inteligentes e mais duras. Bandidos e criminosos perderam o medo da Justiça", afirmou o governador. Ele destacou que, embora a polícia esteja atuando, é comum que os responsáveis por esses crimes sejam soltos rapidamente, muitas vezes em audiências de custódia, e enfrentem longos processos em liberdade. Segundo Mendes, a falta de punições mais rígidas acaba incentivando a prática criminosa.

"Normalmente, são soltos na audiência de custódia, pois o magistrado tem que agir de acordo com a lei. Vão responder o processo em liberdade e, se tiverem um bom advogado, vão recorrer por anos", lamentou o governador, mencionando um caso em que uma pessoa foi presa com 450 quilos de cocaína, mas foi solta no dia seguinte. "Tem cabimento um negócio desses? O Judiciário age de acordo com a lei, mas alguém que comete um crime ambiental dificilmente fica preso", pontuou.

Mauro também defendeu os produtores rurais, refutando a ideia de que eles seriam os principais responsáveis pelas queimadas no estado. Ele ressaltou que os produtores utilizam tecnologias avançadas, como o "plantio direto", e que atear fogo em suas próprias terras seria economicamente desastroso.

"Desmistificar essa bobagem que as pessoas dizem, de que o produtor rural coloca fogo na sua fazenda. O Brasil tem uma das melhores tecnologias do mundo, que é o plantio direto. A palhada que sobra no solo após a colheita protege e enriquece a terra. Queimar essa matéria orgânica seria um prejuízo gigante, o mesmo que um dono de loja colocar fogo no seu próprio estoque", explicou.

Mauro destacou ainda que os produtores têm investido em suas próprias brigadas de combate ao fogo, colaborando com o poder público para evitar que áreas produtivas sejam destruídas pelas chamas. "Mais da metade desses incêndios poderia ser evitada se tivéssemos leis mais duras para quem comete esse tipo de crime. Se quisermos mudar essa realidade, precisamos de leis mais inteligentes e rígidas", concluiu.
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