Preocupado em melhorar a base eleitoral em Cuiabá, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) prefere concentrar-se em cooptar Mauro Mendes (PSB) para o arco de alianças, ao invés de se preocupar com seus possíveis adversários, já que a oposição (DEM-PSDB) anuncia o candidato nesta sexta-feira (12).

“Estou em um processo de formar uma composição, um arco de aliança, não estou preocupado com quem será o candidato deles (oposição). Simplesmente, seja Wilson ou Jaime, o tratarei com o respeito de um adversário”, analisou o pré-candidato do PMDB, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto na noite de quinta-feira (12).

Tratando-se do quesito ‘arco de alianças’, Silval afirma ser coerente o aglutinamento de forças com Mauro Mendes, atual pré-candidato do projeto Mato Grosso Muito Mais - concebido pelo deputado estadual Percival Muniz (PPS) para ser a terceira via da disputa eleitoral, e, apesar de sofrer resistência dentro do próprio PPS, já recebeu manifesto de apoio do PDT, PV e PRTB, além do próprio PSB.

“O Mauro sempre esteve no nosso grupo político. Trabalhei como coordenador de sua campanha (a prefeito de Cuiabá em 2008)”, explicou Silval. “Se ele estiver comigo vai somar, mas se resolver se candidatar é a democracia e temos que respeitar”, concluiu o vice-governador, a respeito de quem ele, em outra ocasião, chamou de ‘vice ideal’.

Nas pesquisas mais recentes, Mauro Mendes é apontado com grande força em Cuiabá, ultrapassando até mesmo o prefeito Wilson Santos. Além disso, o socialista é presidente da Federação das Industrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e traz consigo o apoio do empresariado.

Na última semana, Mauro Mendes visitou Silval Barbosa e Blairo Maggi para uma conversa sobre política, na qual foi cogitada uma pesquisa qualitativa, para decidir quem seria o melhor candidato. Entretanto, ninguém assume a autoria da proposta, a qual foi rechaçada por apoiadores da candidatura do peemedebista e também do socialista.

Em eventos seguintes, o governador Blairo Maggi (PR), maior apoiador de Silval Barbosa (PMDB), pôs em cheque a consistência do bloco da terceira via, chamando-os de nanicos e prevendo uma rápida dispersão por falta de apoio político. Percival, por sua vez, rebateu as declarações e lembrou que o próprio Maggi foi eleito governador por duas vezes filiado ao PPS, nos anos de 2002 e 2006.