As apreensões realizadas pela Polícia Federal na Operação Hygeia, deflagrada na última quarta-feira (7), em Mato Grosso, somam mais de R$ 300 mil em dinheiro e tem na lista pedras verdes semelhantes a esmeraldas que foram encontradas em escritórios da capital.
Também 200 computadores e notebooks; HD's; várias mídias de armazenamento com CD's, pen drives, disquetes, além de grande quantidade de documentos, comprovantes de movimentações financeiras, extratos e documentos bancários. Conforme o balanço divulgado nesta sexta-feira (9) pela assessoria da PF, as 30 pedras verdes serão periciadas para saber a qualidade e valor de mercado.
Já as contas bancárias dos envolvidos tiveram a movimentação bloqueada, mas não foi informado ainda o valor do bloqueio. Além da capital, mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Tangará da Serra; Cáceres, Pontes e Lacerda; Sinop; Canarana; Santo Antonio do Leverger com ramificações nos estados de Minas Gerais, Rondônia, Goiânia e Brasília.
Polícia Federal (PF) prendeu 31 pessoas, sendo 24 em Mato Grosso, acusadas de desviar R$ 51 milhões da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). As priões também ocorreram em Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Brasília. Através de auditorias preliminares realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU), foi comprovada a existência de esquema de desvio de recursos públicos em obras e serviços pagos e não executados. Este valor pode ultrapassar 200 milhões.
Os crimes são de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação. O secretário geral do PMDB, Rafael Bastos, o tesoureiro regional Carlos Miranda , e Jose Luís Bezerra, sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra, estão na lista de presos da Polícia Federal como também o empresário Valdebran Padilha. Ele integra o núcleo denominado de “aloprados” do PT que tentou comprar um dossiê contra candidatos tucanos para serem usados na campanha eleitoral.
O esquema contava com participação, segundo a PF, de coordenadores de duas organizações sociais: o Instituto Creatio, de Cuiabá, e o Instituto Idheas, de Tangará da Serra (a 240 km da Capital), além de empresas de turismo e táxi aéreo que participavam até de desvios de recursos para custear programas de prevenção da saúde indígena e do Programa Saúde da Família (PSF), de Unidades Mistas de Saúde (UMS) e do Serviço Móvel de Urgência (Samu). Também estão envolvidos dois servidores licenciados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT).
