O procurador da República Mário Lúcio Avelar deu parecer contrário aos pedidos de revogação da prisão temporária dos acusados de envolvimento em desvio de recursos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) superior a R$ 51 milhões. A manutenção da prisão foi diante dos pedidos feito pelos advogados dos acusados. As temporárias vencem nesta sexta-feira (16), e caberá ao juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, decidir se vai revogar ou decretar a prisão preventiva das 31 pessoas presas na Operação Hygeia da Polícia Federal, deflagrada no dia 7 de março.

O magistrado recebeu o parecer do MPF ontem e deverá se manifestar ainda hoje. As prisões já foram prorrogadas no final de semana. Até o momento tiveram os pedidos indeferidos pela Justiça Carlos Roberto Miranda, tesoureiro do PMDB; Rafael Bello Bastos, assessor parlamentar do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB); José Luis Gomes Bezerra, sobrinho do parlamentar; Valéria Nascimento, diretora do Instituto Idheas; Paulo Félix Costa de Almeida; e Faustino Dias Neto, ex-prefeito de Santo Antônio de Leverger.

A Polícia Federal também já informou que deverá concluir as investigações da Operação até esta sexta-feira e 46 pessoas já foram indiciadas. O inquérito será encaminhado para o MPF. No total, 36 mandados de prisões temporárias foram expedidos pela Justiça, mas apenas 26 pessoas estão presas temporariamente, equatro ainda estão foragidas.